Valor econômico, v. 21, n. 5194, 24/02/2021. Brasil, p. A3

 

Imunizante da Pfizer é primeiro a receber registro definitivo pela Anvisa

Rafael Bitencourt

24/02/2021

 

 

Autorizações até o momento era para uso emergencial de imunizantes

A primeira vacina contra a covid-19 a receber um registro definitivo no Brasil é a da Pfizer / Biontech. A informação foi divulgada ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em comunicado assinado pelo diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres.

“O imunizante do laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa, que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro”, informou o diretor-presidente, acrescentando que espera que “outras vacinas estejam em breve sendo avaliadas e aprovadas”.

Até agora, a Anvisa somente havia autorizado o uso emergencial das vacinas da AstraZeneca e da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

A agência informou ainda que, com a liberação do imunizante da Pfizer, se torna a primeira autoridade sanitária a conceder o registro de uma vacina covid-19 entre os órgãos de referência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Foram certificado sete locais de fabricação.

Após a Anvisa, informar que concedeu registro definitivo para a vacina, a Pfizer diz aguardar a conclusão da negociação com o governo brasileiro para a compra das vacinas.

“Desde o início, trabalhamos em parceria com a Anvisa, apresentando documentos e informações, para que a avaliação de nossa vacina ocorresse no menor prazo possível, levando em consideração todas as etapas que esse processo exige. Ficamos muito felizes com a notícia da aprovação e gostaríamos de parabenizar a agência pela celeridade e profissionalismo que demonstrou em todas as etapas desse processo”, disse Marta Díez, presidente da Pfizer Brasil, em comunicado à imprensa.

“Esperamos poder avançar em nossas negociações com o governo brasileiro para apoiar a imunização da população do país”, complementa Marta.

O registro estabelece o uso da vacina na população acima ou igual de 16 anos de idade, com esquema de duas doses com intervalo de 21 dias entre as doses. Trata-se do primeiro imunizante a receber o registro de uso definitivo no Brasil com base nos estudos de fase 3. A vacina apresentou eficácia global de 95% em toda a população do estudo, incluindo análise em diferentes grupos étnicos, e pacientes com condições clínicas de risco.