Título: Prisão preventiva foi pedida, mas só temporária concedida
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 10/12/2008, País, p. A11
BRASÍLIA
Em nota à imprensa, a Procuradoria-Geral da República confirmou que o inquérito aberto no STJ investiga crimes de "patrocínio e intermediação de interesses particulares perante o Tribunal de Justiça do Espírito Santo, para obtenção de decisões favoráveis e outras facilidades que pudessem ser obtidas por meio da interferência dos agentes públicos".
O subprocurador-geral da República Carlos Eduardo Vasconcelos é o integrante do MPF responsável por acompanhar o inquérito. O MPF confirmou que chegou a pedir à ministra Laurita Vaz a prisão preventiva dos envolvidos, mas ela entendeu que, por enquanto, a prisão temporária (cinco dias no máximo) era "suficiente para assegurar a colheita de provas e desarticular o funcionamento da organização criminosa".
O Superior Tribunal de Justiça limitou-se a informar ontem que o inquérito 589/ES, que gerou a Operação Naufrágio, da Polícia Federal, corre em segredo de justiça. Informações oficiosas, no entanto, dão conta de que foram presos, além do presidente do Tribunal de Justiça estadual, desembargador Frederico Guilherme Pimentel; seus colegas Elpídio José Duque e Josenider Varejão Tavares; o juiz Frederico Pimentel Filho; a diretora do TJES, Bárbara Sarcinelli; o advogado Paulo José Duque, filho do desembargador Elpídio José; e mais um procurador do estado.
No acompanhamento processual, constante do site do STJ, não constam os nomes dos indiciados, o que é de praxe em processos sob segredo de justiça como este. Só os advogados dos envolvidos têm acesso ao processo, o primeiro totalmente digitalizado, ainda de acordo com a informação oficial do tribunal.