O Globo, n.31991 , 09/03/2021. Sociedade, p.9

 

Estudo indica que CoronaVac é eficaz contra a variante PI

09/03/2021

 

 

Butantan teria exibido resultados positivos da vacina contra a cepa de Man aus. lmunizante da Pfizer também se se saiu bem em testes

Dados preliminares de um estudo no Brasil indicam que a CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pela chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, é eficaz contra a variante do coronavírus descoberta em Manaus, a P1, disse ontem à Reuters uma fonte familiarizada com o estudo.

Também ontem, o relatório de um ensaio feito pela Universidade do Texas com a equipe de desenvolvimento e pesquisa da Pfizer, publicado na revista The New England Journal of Medicine, mostrou que a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, neutralizou as variantes britânica (B.1.1.7), brasileira (P1) e sul-africana (B.1.351) em testes de laboratório.

Sem fornecer detalhes, a fonte da Reu tersdis seque o estudo coma CoronaVac foire alizado pelo Butantan, por meio do exame de amostras de sangue de pessoas vacinadas com o imunizante e testadas com avariante brasileira.

Os dados preliminares indicam que o imunizante foi eficaz contra a cepa, segundo a fonte. O estudo ainda será ampliado para a obtenção de dados definitivos. Procurada pelo GLOBO, a assessoria do instituto afirmou que a informação não partiu dela e ainda está sendo verificada. A variante do coronavírus descoberta inicialmente em Manaus, no Amazonas, vem sendo apontada como um dos possíveis fatores que levaram ao recrudescimento da pandemia de Covid-19 país.

O presidente do Butantan, Dimas Covas, já havia dito que a CoronaVac teve resultados “muito positivos” em testes feitos na China contra as variantes britânica e sulafricana do coronavírus.

A CoronaVac é usada na vacinação contra a Covid-19 no Brasil, assim como o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca e produzido no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que confirmou ontem a informação de que a fórmula desenvolvida pelos britânicos é eficaz contra a P1.

Em entrevista coletiva ontem, Maurício Zuma, que dirige a unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, afirmou que o resultado do estudo, que é realizado pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford com base em amostras enviadas pela Fiocruz, deve ser divulgado ainda nesta semana. A Fiocruz firmou parceria com a AstraZeneca para o envase e produção integral da vacina contra Covid-19 no Brasil.

Os especialistas da Universidade do Texas e da Pfizer utilizaram uma versão isolada do vírus para testar as novas variantes. Eles produziram três vírus recombinantes de acordo com as mutações das variantes e mais duas versões com as outras mutações genéticas da variante da África do Sul. Na análise, a vacina teve uma resposta “robusta” sobre as variantes do Brasil e do Reino Unido. A capacidade de neutralização da variante sul-africana foi menor, mas também eficiente.