Título: Questão nuclear fecha encontro
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Fonte: Jornal do Brasil, 31/01/2005, Economia, p. A19
A questão nuclear da Coréia do Norte foi o destaque do último dia do Fórum Econômico Mundial de Davos, que terminou ontem depois de cinco dias de debates e reuniões com a participação de 2.200 líderes políticos e econômicos.
O ministro da Unificação da Coréia do Sul, Chung Dong-Young, disse, em painel que contou com a participação do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, que o país asiático espera uma solução favorável e pacífica da questão nuclear da vizinha Coréia do Norte em 2005.
- Minha esperança é que na cúpula da Apec (Fórum de Cooperação Ásia Pacífico) possamos celebrar o fim da Guerra Fria e também a solução da questão nuclear norte-coreana - disse Chung, referindo-se ao encontro que acontecerá em novembro na capital sul-coreana, Seul. - Acreditamos que na cúpula da Apec em novembro seremos capazes de ter este tipo de acordo, um acordo importante.
O primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz, também tocou no problema nuclear ao pressionar o Irã a aceitar um compromisso com os Estados Unidos e a União Européia.
Anteontem, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, disse em Davos que obteve uma ''boa cooperação'' do Irã a respeito do programa nuclear do país. O diretor disse que, no momento, a AIEA não tem provas de que o Irã pretenda produzir armas atômicas através de programa nuclear civil.
Recentemente, os EUA, que já haviam incluído o Irã no ''Eixo do Mal'', assinalaram que poderiam usar a força para evitar que o país continuasse com seu programa de desenvolvimento nuclear. Os iranianos afirmam que o programa tem fins pacíficos, mas os americanos insistem no risco da criação de armas atômicas.