Lira foi no mesmo sentido de Pacheco. Ele disse que PEC vai permitir o pagamento do auxílio “sem aventuras fiscais”. “Neste grave momento da vida nacional, promulgamos importante instrumento para proteção social do povo”, ressaltou.
Já a oposição protestou contra um equívoco que teria derrubado por engano um dos dispositivos da PEC emergencial. Segundo o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), o artigo em questão listava uma série de fundos - como o da segurança e da ciência e tecnologia - que seriam excepcionalizados da desvinculação de receita dos fundos. Na avaliação do PT, isso pode permitir que o governo utilize cerca de R$ 200 bilhões do superávit dos fundos para fazer a amortização da dívida pública. Presente à sessão, o deputado Afonso Florence (PT-BA) disse que procurou Arthur Lira e este teria reconhecido o problema.
Diante disso, a oposição deve apresentar uma PEC complementar, “espécie de PEC paralela”, para corrigir a mudança. “A utilização desses fundos jamais foi deliberada pelo Senado. Eles foram levados de roldão na Câmara dos Deputados. Em nenhum momento, aceitamos incluir esses fundos nas desvinculações. Estamos apresentando uma PEC para corrigir essa distorção. Não concordamos que o governo retire recursos desses fundos estratégicos para o país”, explicou Jean Paul Prates.
Pacheco também indicou apoio ao acordo. “Se houver a necessidade de uma atualização em função desses entendimentos, isso será feito”, concluiu.