Título: Problema é grave em 9 satélites
Autor: Guilherme Queiroz
Fonte: Jornal do Brasil, 26/02/2005, Brasília, p. D3

Um estudo elaborado pela parceria entre a Universidade de Brasília, a Organização das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos traz um dado alarmante. Em nove cidades do DF, foram identificadas estruturas organizadas de exploração sexual de crianças e adolescentes. A constatação recorrente de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes colocou o País em uma situação embaraçosa. Relatório da Organização das Nações Unidas, elaborado em 2001, situa o Brasil em primeiro lugar em casos de prostituição infantil na América Latina e em segundo no mundo. Estima-se que há 500 mil meninos e meninas envolvidos na atividade. No ano passado, o go verno federal identificou 937 municípios em que a exploração comercial infanto-juvenil ocorre.

O estudo foi realizado pela parceria entre a Universidade de Brasília (UnB), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Dos 937 municípios identificados, 31,8% estão no Nordeste e 25,7% no Sudeste. O Centro-Oeste aparece em quarta em as cinco macro-regiões brasileiras, com 127 municípios onde foram identificados casos de exploração sexual.

- No Brasil inteiro o problema existe. Em cada região, com suas características e peculiaridades - afirma o coordenador de Ações do Ministério do Turismo, Sidney Alves Costa.

O estudo constatou também há ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes em nove cidades do DF : Plano Piloto, Ceilândia, Gama, Núcleo Bandeirante, Planaltina, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho e Taguatinga.