Título: Comissão a um passo do marco regulatório do pré-sal
Autor: Oliveira, Ana Carolina
Fonte: Jornal do Brasil, 29/01/2009, Economia, p. A20

Grupo tem cinco propostas para apresentar a Lula na próxima semana

Ana Carolina Oliveira

BRASÍLIA

A comissão interministerial cria- da para elaborar um novo marco regulatório para a exploração da camada pré-sal se reunirá na próxima semana para decidir qual modelo será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o grupo já tem cinco propostas escolhidas e todas poderão ser levadas a Lula para que ele bata o martelo sobre a questão. A comissão se reuniu na segunda-feira para discutir o tema, mas a decisão sobre quais modelos seriam levados ao presidente não foi tomada porque todos os participantes da comissão não estavam presentes à reunião.

O ministro Lobão não deu detalhas sobre quais seriam essas propostas, mas afirmou que na próxima semana a comissão já terá uma decisão. ­ Avançamos com a discussão dos modelos e chegamos a conceber cinco. Marcamos uma nova reunião para a próxima semana, quando pretendemos que seja conclusiva. Nós vamos discutir os cinco modelos e os participantes podem querer reduzir para dois, três ou quatro ou até aumentar para seis ­ disse.

Lobão afirmou que, após a comissão decidir e levar ao presidente os modelos para exploração do pré-sal escolhidos, Lula deverá decidir até março como a camada será explorada. ­ Se nós conseguirmos concluir esse trabalho na próxima semana, no âmbito da comissão interministerial, eu acredito que o presidente não levará mais do que um mês para a sua definição e nesse caso é razoável prever que até março nós teremos uma decisão ­ espera o ministro.

Questão fundamental

Lobão também disse que es- perava que esse assunto tivesse sido decidido há mais tempo, mas segundo o ministro uma decisão como essa precisa ser estudada e analisada com cuidado. ­ Nós imaginávamos que pudéssemos resolver isso em dois ou três meses, mas isto não foi possível porque se trata de uma decisão fundamental para o setor energético brasileiro, então foi melhor atrasar um pouco até porque isso não criará nenhum problema do que fazer de afogadilho e não produzir um bom trabalho ­ disse Lobão.