Correio Braziliense, n. 21.137, 08/04/2021. Cidades, p. 15
Vacinação segue no fim de semana
08/04/2021
O Ministério da Saúde sinalizou, ontem, que enviará 64 mil doses de imunizantes contra a covid-19 ao Distrito Federal. Com a chegada da nova remessa, o Executivo local pretende dar continuidade à vacinação de pessoas com 66 anos, bem como profissionais da segurança pública e da rede privada de saúde. A aplicação da primeira dose em idosos e grupos profissionais está suspensa, por enquanto, devido à falta de vacinas.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que, do novo lote, cerca de 43 mil doses ficarão reservadas para aplicação do reforço; 5.008 para profissionais de saúde; 2.237 para a segurança pública; e 14.066 para idosos com 66 anos. No próximo fim de semana, apenas pessoas dessa faixa etária devem ser atendidas — exclusivamente nos pontos drive-thru. A Secretaria de Saúde vai definir quantos locais ficarão abertos para esse público, com possibilidade inicial de 10 postos.
Na segunda-feira, a previsão é de reabertura do agendamento para profissionais de saúde da rede particular e retomada da imunização para os integrantes das forças de segurança, com um ponto específico para cada categoria. No entanto, apesar das expectativas e dos planos, há risco de o Ministério da Saúde não cumprir com as entregas planejadas para abril em todo o país.
Diante das incertezas sobre o avanço da campanha, o virologista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Bergmann Morais Ribeiro, um dos pesquisadores à frente do trabalho de sequenciamento do genoma do coronavírus na instituição de ensino, defende que a vacinação é uma importante forma de combate à pandemia, mas, isoladamente, não tem tanta eficácia. "Enquanto não houver doses para todo mundo, o que precisa ser feito é diminuir a circulação de pessoas. Em (casos de) doenças virais, quanto maior o número de pessoas reunidas, maior será a (quantidade de) infecção. É preciso continuar o que estamos carecas de saber: usar máscaras e manter o distanciamento social. Cansamos de repetir essas coisas e pouco é feito para mudar", cobra o pesquisador. (SS e AIM)