O Conselho de Ética da Câmara arquivou ontem a representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSLSP) por declarações cogitando, em caso de “radicalização da esquerda”, a volta do AI-5, ato que cassou as liberdades individuais durante a ditadura militar.Oplacarfoide12votos a 5 a favor do arquivamento — é a segunda vez que o avanço de um processo contra o deputado é suspenso.

Em parecer preliminar, o deputado Igor Timo (Podemos-MG) não considerou que o caso configurou quebra de decoro parlamentar.

Os deputados Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Paulo Guedes (PT-MG) apresentaram votos em separado para continuidade do processo no colegiado, mas foram derrotados.

— É inadmissível que o Conselho de Ética aprove esse relatório. É uma vergonha com a história da Câmara dos Deputados e do Senado, e com aqueles que viveram a brutalidade do Ato Institucional número 5 — disse a deputada.

O deputado Célio Moura (PT-TO) contou que foi preso na ditadura militar e disse que Eduardo não pode usar o “prestígio” do pai para ameaçar a democracia ,

Já Eduardo afirmou que não incitou desrespeito à Constituição e negou que defenda a ditadura e fechamento do Congresso.

—Para os meus adversários políticos de esquerda a ética deles é fazer o vale tudo para alcançar seus objetivos políticos, não existe princípio.