Correio Braziliense, n. 21.139, 10/04/2021. Cidades, p. 14

 

Hospitais de campanha 70% prontos

Samara Schwingel

10/04/2021

 

 

Previsão é de que as obras sejam entregues em 14 de abril. No entanto, estruturas passarão por vistoria e devem receber pacientes a partir do dia 20. No total, serão 300 novos leitos de unidade de terapia intensiva (UTIs) para o tratamento de pacientes com covid-19

Falta 30% para a conclusão das obras dos três hospitais de campanha do Distrito Federal. A previsão é de que as estruturas sejam entregues em 14 de abril para a Secretaria de Saúde, que será responsável pela contratação de equipamentos e pessoal. A expectativa da pasta é de que, em 20 de abril, todas as unidades estejam funcionando e recebendo pacientes infectados pela covid-19. No total, serão 300 novos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltadas para o tratamento da doença.

Uma unidade fica no Plano Piloto, no Autódromo Internacional Nelson Piquet; outra em Ceilândia, na Escola Parque Anísio Teixeira; e a terceira, no Estágio do Bezerrão no Gama. Na manhã de ontem, o governador Ibaneis Rocha (MDB) visitou as estruturas e afirmou que as obras estão bem avançadas. "Sem dúvida nenhuma, estamos enfrentando uma das maiores crises de saúde da história do país e do mundo, e, no DF, não tem sido diferente. As três unidades estão bem adiantadas. As empresas que vão gerir a parte de equipamentos e de pessoal, também já foi feita a licitação pela Secretaria de Saúde e, na segunda-feira, deve haver homologação. Então, esperamos abrir todas essas 300 unidades de UTI no prazo mais curto possível", destacou.

Durante esta semana, em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, ressaltou que, até 20 de abril, os hospitais devem estar funcionando e abertos para receberem os pacientes. Ou seja, seis dias depois da entrega das obras.

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) é responsável pela fase de construção. Diretor-financeiro da Novacap, Rubens Oliveira explicou, durante visita às unidades, que no final do dia de ontem, as obras deveriam alcançar entre 70% e 75% de conclusão. "As montagens devem estar em 75% de andamento, na Ceilândia; 70%, no Gama; e 70%, no Autódromo", enumerou. A princípio, as estruturas vão funcionar por seis meses. "Podendo ser estendido, caso haja necessidade", completou o diretor.

Divisões e valores

Os três hospitais de campanha serão administrados pela Secretaria de Saúde. Segundo a pasta, o processo de contratação de pessoal e será ficará por meio da contratação de Organização Social (OS)s. A secretaria informou que as obras só serão entregues depois de as estruturas passarem por fiscalização.

Segundo a Novacap, por hospital haverá cinco alas com 20 leitos de UTIs, cada. As unidades vão contar com leitos de suporte ventilatório pulmonar e outros equipamentos hospitalares, além dos profissionais de saúde necessários para o pleno funcionamento. A contratação prevê custos com locação, montagem, manutenção e desmontagem das estruturas, bem como a execução das instalações prediais dos hospitais.

Os espaços terão salas de triagem, salas para procedimentos invasivos, salas de insumos, salas de descompressão, farmácias, pontos de hemodiálise, salas de raios-X e de tomografias, área de desembarque de ambulâncias, setor administrativo, setor de tecnologia da informação, setor de manutenção, espaços de descanso para médicos e enfermeiros, banheiros adaptados para PNE, copa e necrotério. Todos os ambientes contarão com sistema de ar-condicionado e renovação de ar.

Tanto a unidade do Plano Piloto quanto a de Ceilândia estão a cargo da empresa DMDL Montagens de Stands Ltda, que apresentou valor de R$ 6.597.500 para a construção em cada um dos lotes. A unidade do Gama, construída pela Paleta Engenharia e Construções Ltda, custou de R$ 6.875.000.