Título: Burocracia atrasa siderúrgica
Autor: Daniele Carvalho
Fonte: Jornal do Brasil, 04/03/2005, Economia & Negócios, p. A17

O início das obras para a siderúrgica que a Companhia Vale do Rio Doce construirá em parceria com a chinesa Baosteel no Maranhão sofrerá, pelo menos, um ano de atraso. Apesar de o estudo de viabilidade ter sido finalizado no final do ano passado, problemas burocráticos referentes à regularização do terreno estão emperrando o cronograma.

- O terreno onde a unidade será construída é federal, mas está em fase de transferência para o estado. Este processo está demorando mais tempo do que o esperado. Além disso, estamos tratando da desocupação da área, que hoje tem moradores - explica o diretor-executivo de Novos Negócios da Vale, José Carlos Martins.

A estimativa da mineradora era de que as obras tivessem começo em maio deste ano, mas o prazo foi mudado para maio do ano que vem.

O projeto prevê a uma unidade com produção de cerca de 3,7 milhões de toneladas por ano de placas de aço. A planta também considera a possibilidade de uma expansão de capacidade futura para 7,5 milhões de toneladas de placas de aço por ano. A unidade, de acordo com especialistas, deverá custar mais de US$ 1 bilhão.

Mesmo diante do obstáculo, Martins diz que a CVRD não pensa em mudar a siderúrgica do local.

- O estudo levou em conta aquela área, não cogitamos a idéia de mudar.

Já o cronograma para a siderúrgica da CVRD com a alemã ThyssenKrupp está dentro do esperado.