Título: Estudo recomenda controle da água
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 07/02/2005, País, p. A5
BRASÍLIA - O estudo da Waterloo Brasil - mesmo sendo encomendado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) - dá algumas pistas sobre os riscos de contaminação da população do bairro Volta Grande IV, em Volta Redonda, que construíram suas casas sobre uma área contaminada por vários produtos químicos cancerígenos. Em suas recomendações, a investigação ambiental sugere ''monitoramento sistemático trimestral'' da água subterrânea e da ''água superficial'' da área da praça de esportes do bairro, ''quando possível''.
Segundo a investigação ambiental, na área da quadra de esportes do bairro ocorreu alteração da qualidade natural do solo, ''aparentemente'' relacionada ao vazamento da antiga caixa de captação. Em outros dois pontos do condomínio que apresentaram alteração, o problema não estaria relacionado a nenhuma fonte de contaminação definida.
Segundo o estudo, isso pode estar relacionado à variação sazonal do nível da água ou pode ter sido originado a partir de fontes de contaminação com derivados de petróleo existentes na época da construção do bairro.
Em sua conclusão, o estudo diz que a água subterrânea do local apresenta direção de fluxo predominante para Norte, com uma ''inflexão'' no sentido Nordeste, ''na direção do Rio Paraíba'', fazendo com que a pluma de naftaleno se afaste dos condomínios do bairro Volta Grande IV.
Ao mesmo tempo em que constata diminuição da concentração de naftaleno na área dos poços de bombeamento, o estudo verifica que ''uma nova configuração da pluma de naftaleno dissolvida exigirá o redimensionamento do sistema de bombeamento''.
A Waterloo Brasil recomenda a não utilização da água subterrânea do aqüífero local e a elaboração de um plano de comunicação para orientar a população do entorno do aterro sobre os resultados obtidos no trabalho, ''ressaltando a importância da não utilização da água subterrânea''. O estudo é assinado pelo gerente de investigação, o geólogo Pedro Pessoa Dib, e pelo coordenador de projetos, Paulo Henrique Pereira Santos.