Título: Presos assassinos de casal
Autor: Marcela Gomes
Fonte: Jornal do Brasil, 04/03/2005, Brasília, p. D5

Os dois últimos acusados de assassinar o casal Narrinã Gomes Lucena, 21 anos, e o comerciante Fábio Lúcio Saraiva, 27, em 14 fevereiro, foram presos, ontem. Os criminosos, Douglas dos Santos Macedo, 23 , o Furão, e Jaime Roberto Pinheiro, 23, o Passarinho, foram encontrados em Formosa (GO). Junto com Higor Chaves Muniz, 19, o Higuinho, preso dias depois do crime, o trio é acusado de cometer seis roubos e dois seqüestros relâmpagos na mesma semana do assassinato. A caçada aos dois assassinos do casal envolveu um esquema com dois delegados e 20 policiais civis do DF e de Goiás. Em 14 de fevereiro, Narrinã e Fábio foram encontrados mortos, cada um com um tiro na nuca, próximo a linha do Metrô, no Guará. Ambos foram raptados na frente da casa da moça e levados para um matagal e executados.

Na mesma semana do assassinato, o trio saiu pelo Guará, Taguatinga, Cruzeiro e Samambaia cometendo uma série de delitos, segundo o delegado-chefe da 4ºDP (Guará), João Carlos Lóssio. No dia 13 de fevereiro roubaram um carro em Taguatinga, no dia 14, raptaram e assassinaram Narrinã e Fábio. Em seguida, um seqüestro-relâmpago contra um funcionário britânico

No dia 17, o trio raptou um senhor de 53 anos na QE 34, quando ele esperava sua filha. No mesmo dia, Higuinho e Douglas haviam roubado o tênis de um adolescente, também na QE 34.

O bando seguiu para a Asa Sul e, no trajeto, fizeram um seqüestro relâmpago. A vítima, libertada em seguida, na 514 Sul, disse na delegacia que ouviu Higuinho atender o telefone e dizer que iria soltá-lo, mas que anotaria a placa do Gol que ocupavam.

Na 513 Sul, assaltaram uma mulher de 40 anos. Roubaram sua bolsa e seu carro. Mas Higuinho esqueceu seu celular no Gol da vítima anterior. O aparelho foi entregue aos investigadores da 4ª DP que, realizaram uma operação de emergência para capturar o bando. Segundo o delegado, o ato das vítimas reconhecerem o trio foi o que mais ajudou nas investigações.

- Eles estão presos e agora vão prestar contas à Justiça e devem ser condenados a mais de 60 anos de prisão - prevê Lóssio.