Título: Química e siderurgia reagem
Autor: Luciana Otoni
Fonte: Jornal do Brasil, 07/02/2005, Economia, p. A14

BRASÍLIA - No Rio de Janeiro, a boa notícia é que, neste ano, o estado começará a computar os resultados de novos investimentos. Fazem parte dessas inversões a inauguração, prevista para agosto, do pólo gás químico, a instalação da nova usina da Gerdau e a ampliação da Cosigua no segmento siderúrgico.

Um reforço parte também da indústria naval. Conforme explicou Luciana de Sá, da Firjan, a reação da indústria naval começou em 2001 por meio da reabertura de alguns estaleiros. Esse movimento será fortalecido neste ano a partir da licitação da Transpetro para a construção de 42 petroleiros da Petrobras, a primeira encomenda de petroleiros feita pela companhia desde 1987.

Na primeira fase, já iniciada, a Transpetro vai investir US$ 1,1 bilhão na contratação para construção de 22 petroleiros que deverão estar flutuando em 2006. Até 30 de janeiro, 60 empresas adquiriram o edital para a licitação.

No ano passado, as vendas feitas no exterior pelas empresas instaladas no Rio de Janeiro somaram US$ 7 bilhões, 45% acima das receitas cambiais obtidas em 2003. Esse avanço se deveu, em grande parte, aos maiores preços internacionais pagos pelo petróleo e produtos siderúrgicos.

Os indicadores industriais divulgados pela Firjan mostraram um quadro positivo do setor industrial no fim de 2004. Além do incremento de 5,8% nas vendas reais em relação a 2003, sob essa mesma base de comparação aumentaram também os indicadores de horas trabalhadas (+14,6%), pessoal ocupado (4%) e massa salarial (+3,4%).