Título: Desemprego em queda livre no DF
Autor: Gustavo Igreja
Fonte: Jornal do Brasil, 05/02/2005, Brasília, p. D4

Foram criados 58,8 mil postos de trabalho, o que levou 2004 a ter o menor índice de desempregados dos últimos 4 anos O Distrito Federal teve em 2004 o menor índice de desemprego dos últimos quatro anos e o maior crescimento no número de postos de trabalho dos últimos doze, pelo menos. O ano de 2004 terminou com 19,3%, ou 228,9 mil pessoas, da População Economicamente Ativa desempregados, perdendo apenas para 2000, quando 18,5% da PEA à epoca estavam sem trabalho. No período, foram abertos na região 58,8 mil postos de trabalho, entre empregos temporários e permanentes. Os dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) de dezembro último no DF, divulgada ontem pelo Dieese e pela Secretaria de Trabalho. No mês avaliado, foram criados 11,2 mil empregos na região, elevando para 959,8 mil o número de ocupados no DF. Segundo a secretária de Trabalho Ivelise Longhi, isso sem contar os moradores do Entorno que conseguiram também trabalho no DF.

- Isso não entra na pesquisa. Mas, certamente, se fosse avaliado, teríamos um crescimento do emprego ainda maior. Tem muita gente do Entorno que trabalha no DF. Estamos tentando estender até lá a pesquisa. Foi um recorde histórico a quantidade de pessoas que conseguiram emprego no ano passado - comemora a secretária.

Como era esperado, em dezembro, a maior geração de empregos ocorreu no comércio, onde surgiram 7,9 mil postos de trabalho. Ao longo do ano, o mesmo setor empregou 18,1 mil trabalhadores. Em seguida, vem o setor de serviços, que contratou 6,4 mil pessoas no último mês de 2004 mas, no acumulado do ano, terminou como o setor que mais abriu vagas, com 43,2 mil novos contratados.

- Para nós, esse resultado, além de um reflexo da economia nacional, é um sinal também de que as políticas públicas de incentivo ao emprego do GDF, como o Pró-DF, estão dando certo. Mesmo com um aumento significativo da população economicamente ativa da região houve queda no desemprego.

Outra dado importante revelado pela pesquisa é que o rendimento médio das mulheres está melhorando, se comparado ao dos homens - completou a secretária Ivelise.

Ao longo do ano, enquanto o rendimento médio dos homens cresceu 1,4%, as mulheres acumularam aumento da renda de 8,1%.