Título: Família tem papel importante no controle
Autor: Melissa Medeiros
Fonte: Jornal do Brasil, 07/03/2005, Brasília, p. D6

Luma Lima de Castro, 12 anos, tinha apenas cinco anos de idade quando ficou diabética. Ela ainda lembra bem dos sintomas - muita sede e fraqueza - e das dificuldades dos primeiros dias após ser diagnosticada, quando precisou ficar internada em um hospital até a taxa de glicose ficar sob controle. A participação da família no tratamento é considerado por Luma o ponto forte de sua adaptação. Eles a convenceram a aderir ao tratamento com disciplina e a adotar hábitos saudáveis de vida. E nunca param de estudar a doença e a pesquisar sobre estudos em busca da cura.

Com isso, hoje, a menina acha que já ficou mais fácil conviver com sua condição. Mas seu maior sonho é a breve descoberta da cura da doença. Apesar da pouca idade, ela vive buscando informações sobre diabetes, novos tratamentos e pesquisas rumo à cura.

Ela conta que no começou a adaptação foi difícil e ficou muito triste porque era muito nova e não entendi porque tinha que ficar no hospital. Mas depois conseguiu ir se adaptando.

- As pessoas iam me visitar e eu nem entendia. Lembro que minha mãe ficou muito triste e preocupada. Minha família toda passou a viver minha doença, todos aprendiam juntos e comiam igual a mim. Com a ajuda deles, fui entendendo e aprendendo a lidar com as regras: alimentação, esporte, teste de glicose e insulina. O mais demorado foi eu mesma fazer o teste de glicose e aplicar a insulina, que me deu muita liberdade - conta Luma..

A diabetes impõe uma rotina para Luma que começa cedo e tem momento exato para tudo. Faz testes de glicose e toma insulina três vezes ao dia: antes do café da manhã, almoço e jantar. A alimentação é a base de frutas, verduras e carne. Massas e doces são controlados. Mesmo com esses limites ela sente-se adaptada.

- Já me acostumei com a vida que tenho que levar. Sei o que comer e a hora exata, fazer o teste de glicose e aplicar a insulina. Mesmo assimtudo o que quero é a cura - afirma Luma.

Acompanhando as pesquisas que saem sobre a doença, a menina está na expectativa de fazer o tratamento com o cientista Júlio Voltarelli e espera que o tratamento seja aberto para mais pessoas fazerem. Pois para ela, as pesquisas com células-tronco é a maior esperança para as crianças e adolescentes com diabetes.

Dificuldades mesmo enfrenta o menino Dyeison Odoni de Moura, 8 anos de idade. Portador de diabetes, ele se depara todos os dias com o desafio de evitar os doces, vendidos na loja de sua mãe.