Título: Indústria e petróleo afetam Bovespa
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Fonte: Jornal do Brasil, 10/03/2005, Economia & Negócios, p. A17

SÃO PAULO - A queda de 0,5% na produção industrial brasileira em janeiro, divulgada pelo IBGE, repercutiu de forma negativa na Bolsa de Valores. Com queda de 1,75%, ontem o Ibovespa (índice com as 53 ações mais negociados) abandonou o recém-conquistado patamar de 29 mil pontos e encerrou em 28.514.

No pregão, a ação PN da Telemar, a mais negociada, caiu 1,69%. O papel PNA da Vale perdeu 0,37%. A ação da CSN teve a maior queda, 3,14%, após o banco americano de investimentos Bear Stears rebaixar a recomendação para o papel.

Existe ainda a expectativa com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros, marcada para a próxima semana (dias 15 e 16). Os investidores estão divididos sobre o tamanho do novo aumento da taxa Selic (0,25 ou 0,50 ponto percentual).

Na Bolsa, também repercutiram mal o novo recorde das cotações do petróleo e a alta dos preços dos metais (ouro, prata, cobre e zinco), que reacenderam a preocupação dos investidores com os lucros das empresas. As principais bolsas do mundo acompanharam o movimento. Em Londres, o barril de óleo atingiu o maior valor de sua história (US$ 54,04), enquanto o ouro foi negociado pelo maior preço desde dezembro (US$ 440 a onça), bem como a prata (U$ 7,57). Entre as razões da alta dos metais preciosos, estão a queda do dólar no mercado externo e a especulação por fundos de investimento.

O Banco Central vendeu menos títulos de swap cambial do que o esperado, o que provocou alta moderada no dólar. A moeda fechou em alta de 0,37%, vendida a R$ 2,705. O risco Brasil, que mede a confiança do investidor estrangeiro no país, avançou 1,34%, fechando em 378 pontos.