Título: IPCA do bimestre deve ficar em 1,1%
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Fonte: Jornal do Brasil, 11/03/2005, Economia & Negócios, p. A18
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve acumular cerca de 1,1% nos primeiros dois meses do ano, restando apenas 4 pontos percentuais a serem consumidor até o final do ano para que o indicador fique nos 5,1% estimados pelo Banco Central para o período. Os analistas estimam que o índice de fevereiro tenha ficado muito próximo do 0,58% obtido em janeiro. O grupo alimentação deve contrabalançar a alta de outros segmentos que compõem o IPCA, como educação, que deve captar mais uma parte da sazonalidade das mensalidades escolares, pressão essa que já foi dissipada dos IPCs regionais, como o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Na primeira medição de março, o IPC-Fipe ficou em 0,30%, contra 0,52% de prévia de fevereiro.
Já a inflação no atacado subiu, conforme a primeira prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de 0,18% para 0,40%. As prévias de março podem indicar que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode encerrar o ciclo de alta da Selic com um ajuste de 0,25% na semana que vem, para 19% ao ano.
No mercado de câmbio, passada a formação da Ptax (média da das cotações à vista do dólar), a moeda norte-americana pode voltar a cair. As últimas quatro sessões foram pautadas pela venda dos contratos de swap de câmbio, somada às compras diárias de moeda pelo BC para as reservas internacionais e os efeitos psicológicos das medidas anunciadas na sexta-feira passada. Ontem, o dólar fechou a R$ 2,716, com avanço de 0,44%.