Título: Decisão divide a categoria
Autor: Melissa Medeiros
Fonte: Jornal do Brasil, 10/03/2005, Brasília, p. D5

Divergência dos professores em relação a greve era o que se via nas conversas pelos corredores das escolas públicas ontem. Os que apóiam a paralisação afirmavam que as exigência são justas e que a categoria unida deve conquistar melhorias. Entretanto, também eram citados vários motivos para não se aderir à greve: não é o momento certo, o sindicato forjou a votação na assembléia, existe o medo de ficar sem o salário e se considera o perigo de encontrar dificuldades em uma futura reposição de aulas. Professora da Escola Parque 210 norte, Ana Maria de Araújo aderiu à greve e tentava sensibilizar os colegas para suspenderem as aulas.

- Nossa luta é justa, somos os profissionais mais desvalorizados do DF. Por isso, estou conversando com os professores aderirmos. Além disso, falaremos com pais e alunos pedindo apoio - disse a professora.

Contrária à greve, a professora Elza Paiva, da Escola Classe 410 Sul, questiona a posição do sindicato e diz que vai continuar dando aula.

- Não vou parar porque acho que não era o momento certo de ter greve. As aulas começaram agora e, se a greve demorar a acabar, não teremos como repor tudo. Concordo com as reivindicações, mas não com o modo como o Sinpro decide as coisas - afirma Elza.