Título: Acaba a greve dos professores do DF
Autor: Melissa Medeiros
Fonte: Jornal do Brasil, 16/03/2005, Brasília, p. D5

GDF faz contraproposta em que atende a maioria das reivindicações e lança pá de cal sobre um movimento já esvaziado

Os professores da rede pública de ensino resolveram suspender a greve de sete dias e voltaram ontem mesmo às salas de aula. A decisão foi tomada após o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) expor aos docentes reunidos no Estádio Mané Garrincha as propostas que o governador Joaquim Roriz apresentou ao sindicato na noite da última segunda-feira. O governador deu, na prática, um ultimato ao sindicato. Na proposta final para suspensão da greve apresentavam-se saídas para sete das oito reivindicações prioritárias dos professores, após uma análise feita pelo GDF. Só a exigência de aumento do vale-alimentação, de R$ 99 para R$ 470, não foi cogitada, uma vez que faltam recursos para isso.

Diante da posição assumida pelo GDF, os docentes aceitaram o que foi proposto e votaram pelo fim da greve - a mais curta da categoria. Na verdade, a paralisação vinha sendo sistematicamente esvaziada.

A primeira reivindicação do sindicato era o aumento de 18% nos salários e, desde o começo da paralisação, o governo havia informado que não atenderia essa exigência. Para contornar o impasse da greve, Roriz prometeu destinar, em 2006, pelo menos R$ 300 milhões do Fundo Constitucional para melhoria dos salários e das condições gerais de trabalho.

Plano de moradia e saúde, solicitações antigas, apontavam para uma solução. O governo determinou à Terracap e à Secretaria de Gestão Administrativa que, no prazo de 60 dias, apresentem uma proposta de programa habitacional específico para a categoria, com critérios e normas de cadastramento e levantamento das áreas onde poderia haver a construção das moradias. O financiamento será de até 20 anos, com pagamento consignado em folha. Sobre o plano de saúde, será apresentada, daqui seis meses, proposta feita pela Secretaria de Gestão Administrativa, com validade a parte de 1º de janeiro de 2006.

Também se aceitou que os professores optem pelo pagamento do auxílio-transporte em dinheiro. Ficou estabelecido, de quebra, que os sete dias parados nessa greve não serão descontados dos salários, desde que sejam repostos dentro do calendário letivo. Serão ressarcidos inclusive os dias suspensos nas paralisações anteriores, ocorridas em 1999 e 2002. Além disso, Roriz garantiu a criação de uma comissão, formada por representantes do governo e cinco diretores do Sinpro, para definir critérios de remoção, lotação e remanejamento de professores.

Para o diretor de imprensa do Sinpro, Antônio Lisboa, o movimento - apesar da pouca adesão - teve boas conquista e o sindicato vai ficar atento ao cumprimento das propostas do GDF.

- Embora não atenda tudo que desejamos, já foi um grande avanço. Suspendemos a greve, mas faremos uma nova assembléia geral daqui a 60 dias para avaliar se estão sendo cumpridas as promessas do governo - afirma Lisboa.

O governo considerou extremamente positivo o término da greve para que todos os alunos voltem a ter aula normalmente e não fiquem defasados em relação aos estudantes de escolas particulares e garantiu o cumprimento das propostas e dos prazos.

- Foi ótimo que a paralisação tenha durado poucos dias. Assim, os alunos não serão prejudicados e a reposição será rápida. A demonstração de que o governo é preocupado com a educação vai continuar, pois vamos dar o que prometemos e manteremos os prazos dados - disse o porta-voz do GDF, Paulo Fona.

Os professores da rede pública de ensino resolveram suspender a greve de sete dias e voltaram ontem mesmo às salas de aula. A decisão foi tomada após o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) expor aos docentes reunidos no Estádio Mané Garrincha as propostas que o governador Joaquim Roriz apresentou ao sindicato na noite da última segunda-feira. O governador deu, na prática, um ultimato ao sindicato. Na proposta final para suspensão da greve apresentavam-se saídas para sete das oito reivindicações prioritárias dos professores, após uma análise feita pelo GDF. Só a exigência de aumento do vale-alimentação, de R$ 99 para R$ 470, não foi cogitada, uma vez que faltam recursos para isso.

Diante da posição assumida pelo GDF, os docentes aceitaram o que foi proposto e votaram pelo fim da greve - a mais curta da categoria. Na verdade, a paralisação vinha sendo sistematicamente esvaziada.

A primeira reivindicação do sindicato era o aumento de 18% nos salários e, desde o começo da paralisação, o governo havia informado que não atenderia essa exigência. Para contornar o impasse da greve, Roriz prometeu destinar, em 2006, pelo menos R$ 300 milhões do Fundo Constitucional para melhoria dos salários e das condições gerais de trabalho.

Plano de moradia e saúde, solicitações antigas, apontavam para uma solução. O governo determinou à Terracap e à Secretaria de Gestão Administrativa que, no prazo de 60 dias, apresentem uma proposta de programa habitacional específico para a categoria, com critérios e normas de cadastramento e levantamento das áreas onde poderia haver a construção das moradias. O financiamento será de até 20 anos, com pagamento consignado em folha. Sobre o plano de saúde, será apresentada, daqui seis meses, proposta feita pela Secretaria de Gestão Administrativa, com validade a parte de 1º de janeiro de 2006.

Também se aceitou que os professores optem pelo pagamento do auxílio-transporte em dinheiro. Ficou estabelecido, de quebra, que os sete dias parados nessa greve não serão descontados dos salários, desde que sejam repostos dentro do calendário letivo. Serão ressarcidos inclusive os dias suspensos nas paralisações anteriores, ocorridas em 1999 e 2002. Além disso, Roriz garantiu a criação de uma comissão, formada por representantes do governo e cinco diretores do Sinpro, para definir critérios de remoção, lotação e remanejamento de professores.

Para o diretor de imprensa do Sinpro, Antônio Lisboa, o movimento - apesar da pouca adesão - teve boas conquista e o sindicato vai ficar atento ao cumprimento das propostas do GDF.

- Embora não atenda tudo que desejamos, já foi um grande avanço. Suspendemos a greve, mas faremos uma nova assembléia geral daqui a 60 dias para avaliar se estão sendo cumpridas as promessas do governo - afirma Lisboa.

O governo considerou extremamente positivo o término da greve para que todos os alunos voltem a ter aula normalmente e não fiquem defasados em relação aos estudantes de escolas particulares e garantiu o cumprimento das propostas e dos prazos.

- Foi ótimo que a paralisação tenha durado poucos dias. Assim, os alunos não serão prejudicados e a reposição será rápida. A demonstração de que o governo é preocupado com a educação vai continuar, pois vamos dar o que prometemos e manteremos os prazos dados - disse o porta-voz do GDF, Paulo Fona.