Título: Quem apóia tem que participar, diz Rebelo
Autor: Sérgio Pardellas e Paulo de Tarso Lyra
Fonte: Jornal do Brasil, 12/03/2005, País, p. A3

O chefe da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República, Aldo Rebelo, justificou ontem, em São Paulo, a reforma ministerial a ser realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que não há sentido em um partido apoiar o governo sem participar dele. Na avaliação de Rebelo, que pode deixar a secretaria, o país não pode ter legendas de primeira e segunda categoria, que seriam as que apóiam a administração federal e participam dela, e as que dão apoio e não têm cargos. -A reforma tem como objetivo dar mais eficiência e estabilidade à base política, que dá sustentação ao governo - afirmou ele, que teve uma reunião-almoço com empresários do setor de máquinas e equipamentos.

Rebelo afirmou que a necessidade do país é uma ampla união de forças políticas, sociais e econômicas para superar os desafios nessas mesmas áreas.

- O Brasil precisa ter um governo que represente essa união de forças e que tenha um diálogo respeitoso com a oposição. Mas o governo também precisa de maioria para governar - afirmou.

O chefe da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República ressaltou que as forças políticas no País são heterogêneas e que isso precisa ser respeitado. Rebelo mencionou, por exemplo, o fato de que, nas últimas eleições legislativas, nenhuma legenda obteve mais de 20% dos votos.

- Isso é quase um clamor do eleitor para que se respeite a diversidade para dar sustentação ao governo - reforçou.