Título: Indústria do Rio avança 3,4%
Autor: Sabrina Lorenzi
Fonte: Jornal do Brasil, 12/03/2005, Economia & Negócios, p. A18

Resultado fluminense, no entanto, fica abaixo da taxa nacional de 6% na comparação anual

A produção industrial cresceu em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em janeiro em relação a igual mês de 2004. O Nordeste (12,4%) foi a área com maior avanço, seguido de Santa Catarina (11,5%), Paraná (10,9%) e Pará (10,9%). Rio de Janeiro teve expansão de 3,4%, abaixo da taxa nacional de 6%.

No acumulado dos últimos 12 meses, até janeiro, os resultados são positivos para todas as regiões. No país, atingiu 8,5%. Segundo o IBGE, o desempenho no período foi sustentado pelo ''vigor'' do consumo interno, impulsionado pelo aumento do crédito, e pelas exportações. Na variação mensal, a indústria brasileira apresentou retração de 0,5%, como divulgou o IBGE na última quarta-feira. O cálculo, no entanto, não é feito para as regiões.

A indústria fluminense apresentou crescimento da produção em 10 das 13 atividades pesquisadas. O segmento extrativo, no qual se insere a produção petrolífera, teve expansão de 4,2%. É o segundo mês consecutivo de alta do ramo que, freqüentemente, apresenta resultados negativos em função das paradas para manutenção das plataformas de petróleo, derrubando o resultado industrial de todo o estado. Em dezembro, a taxa foi de 3,3%.

Ainda no Rio, a indústria de transformação apresentou alta de 3,2%. Refino de petróleo e produção de álcool, com avanço de 12,3%, e minerais não-metálicos (42,7%), puxaram o índice. Metalurgia básica foi a principal contribuição negativa, com retração de 18,2%. Em 12 meses, a atividade industrial fluminense acumula expansão de 2,8%, ante a média nacional de 8,5%.

A indústria nordestina colheu o aquecimento da demanda interna do país, com salto na produção de alimentos e bebidas de 20,6%. Com crescimento pelo décimo segundo mês consecutivo, a região apresenta aumento de produção em dez das 11 atividades fabris pesquisadas. Destaques para produtos químicos (16,1%) e de minerais não-metálicos (39,2%).

Na outra ponta, a indústria do Rio Grande do Sul cortou 1,1% da produção, o que pode refletir a importação de bens de capital, segundo o IBGE. As maiores quedas entre as oito verificadas ocorreram em máquinas e equipamentos (-13,0%) e mobiliário (-15,2%).

Em São Paulo, o desempenho foi impulsionado pelo segmento de edição e impressão, que apresentou crescimento de 29%, devido ao aumento na fabricação de livros e revistas. Também teve forte contribuição positiva o avanço de 18% do segmento de máquinas e equipamentos, por conta do aumento na produção de elevadores e transportadores de mercadorias e rolamentos.