Título: Furlan eleva meta de exportações
Autor: Sabrina Lorenzi
Fonte: Jornal do Brasil, 22/03/2005, Economia & Negócios, p. A18
Ministro estima vendas de R$ 112 bi neste ano e de até US$ 150 bilhões em 2006
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, estuda ampliar a projeção para as exportações neste ano, dos até então estipulados US$ 108 bilhões para algo em torno de US$ 111 bilhões ou US$ 112 bi. Isso porque as vendas externas estão acima da previsão inicial.
O ministro afirmou que a infra-estrutura é o que mais preocupa o governo nesse momento, principalmente logística e portos. O adicional de carga movimentada nos portos vai superar em 20% a meta de 215 milhões de toneladas em quatro anos. Isto porque as exportações e as importações têm apresentado desempenho superior ao previsto.
- Carecemos desesperadamente de investimentos em infra-estrutura - disse ele, em discurso na Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Furlan adiantou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de aprovar medidas de apoio à infra-estrutura.
O ministro disse que o banco está voltado para criar fundos que invistam em infra-estrutura e para a reaproximação com o mercado de capitais. O objetivo é proporcionar desenvolvimento com geração de empregos a partir da utilização de parte da carteira do BNDESPar, estimada em cerca de R$ 40 bilhões.
O banco analisa alternativas que propiciem a remoção dos gargalos no crescimento. Bem mais à vontade com a equipe do BNDES do que à época da administração de Carlos Lessa, o ministro do Desenvolvimento chegou a brincar.
- Digo minha equipe do BNDES porque agora eu posso dizer, com Guido Mantega e todos os diretores, que nós temos uma política industrial de governo finalmente - disse.
Realizados os investimentos necessários, o país continuará exportando mais. Para 2006, a expectativa é de exportar US$ 120 bilhões.
- Nós vamos continuar crescendo. O presidente Lula já nos incentivou a projetar US$ 150 bilhões - disse Furlan, referindo-se à meta em 2006.
Com agências