Título: Dirceu: 2005 será o ano da eficiência da máquina
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Fonte: Jornal do Brasil, 25/03/2005, País, p. A3
Folhapress
BRASÍLIA - O chefe da Casa Civil, ministro José Dirceu, disse ontem que o governo diminuirá os gastos públicos a partir deste ano, sem reduzir despesas na área social. Segundo ele, tal iniciativa, aliada ao equilíbrio fiscal, é essencial para que o crescimento seja sustentável. Em entrevista no Palácio do Planalto diante dos ministros Antonio Palocci (Fazenda), Romero Jucá (Previdência) e Paulo Bernardo (Planejamento), Dirceu afirmou ainda que outro objetivo é melhorar a eficiência e a gestão da máquina pública.
- Nosso objetivo neste ano é melhorar a eficiência e a gestão em geral da máquina pública, de forma especial na Previdência, e reduzir os gastos. Vamos transformar 2005 no ano da eficiência da máquina pública e da redução dos gastos - disse Dirceu.
Segundo Paulo Bernardo, em 30 ou 40 dias o governo vai anunciar uma série de medidas para melhorar a qualidade dos gastos e a eficiência da máquina.
- Temos que melhorar a qualidade da informação para mostrar que não está ocorrendo gastança no governo -, afirmou o ministro do Planejamento, negando que as medidas sejam uma resposta política a críticas da oposição de aumento nos gastos públicos.
- Algumas críticas da oposição, quando você se debruça, vê que não são com números exatos - completou Paulo Bernardo.
Entre as medidas, estarão ações ligadas a pregões eletrônicos, licitação e mudanças nas compras.
O ministro José Dirceu pediu a palavra durante a entrevista do anúncio do pacote da Previdência para ''deixar claro'' o apoio governo ao ministro Jucá.
Logo no início de sua fala, o chefe da Casa Civil enfatizou que os gastos sociais serão mantidos por necessidade.
- O país não pode reduzir gastos sociais. A demanda, a desigualdade, a pobreza e a miséria são grandes no país. Mas podemos economizar bilhões e bilhões combatendo a fraude, a sonegação, melhorando os sistemas de compra e de gestão, tornando a máquina mais eficiente.
O atual governo tem sido alvo de ataques da oposição por ter ampliado suas despesas com administração e pessoal.