Correio Braziliense, n. 21243, 23/07/2021. Cidades, p. 13

População com mais de 37 anos se vacina hoje
Samara Schwingel
23/07/2021



Secretaria de Saúde do DF começa a imunizar novo público-alvo a partir das 8h, em 100 pontos de atendimento. Sem necessidade de marcação, cada endereço oferecerá tipos específicos de serviços. Postos extras funcionam só até domingo

A partir das 8h de hoje, pessoas com 37 anos ou mais poderão se imunizar contra a covid-19 no Distrito Federal. Sem necessidade de agendamento, o público-alvo deve procurar um dos 100 pontos de vacinação que vão funcionar até domingo. Para receber a primeira ou a segunda dose, basta apresentar documento de identidade com foto. Quem estiver na data de tomar o reforço deve se dirigir ao mesmo local onde recebeu atendimento anteriormente. No entanto, atenção: cada posto prestará um tipo específico de serviço neste fim de semana (leia Endereços).

Hoje, a campanha ocorre das 8h às 17h. Amanhã e no domingo, das 9h às 17h. A indicação da Secretaria de Saúde (SES-DF) é de que as pessoas procurem os postos mais próximos de casa. Para organizar o atendimento e garantir a solução de eventuais problemas, a pasta destacou 500 profissionais para trabalhar exclusivamente nos postos de vacinação. Além delas, 50 pessoas em 23 carros atuarão na parte de logística e distribuição das doses, inclusive se houver necessidade de reposição.

Após o mutirão, a população-alvo continuará a se imunizar sem agendamento no DF. Porém, as vacinas ficarão disponíveis em 54 pontos — os mesmos que recebiam a população até ontem. A ampliação da campanha ocorreu após a chegada de 92 mil doses, e as mudanças no atendimento decorreram de problemas no site da SES-DF. Na semana passada, o portal passou mais de cinco horas fora do ar, o que atrasou a marcação. De hoje a domingo, a pasta espera aplicar imunizantes em 100 mil pessoas.

Demanda
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirma que a divisão dos postos teve relação com a quantidade de indivíduos que precisam receber o reforço. "A imunização ocorre só com a segunda dose. Todas as pessoas devem procurar tomá-la, porque é isso que tem determinado a diminuição das hospitalizações. Então, teremos postos para a primeira, outros para a segunda, e os (postos) mais organizados e acostumados com o processo vão aplicar as duas", declarou.

Para o coordenador científico da Sociedade de Infectologia do DF, Alexandre Cunha, a divisão dos postos e a parte logística devem considerar três fatores: "Os gestores precisam avaliar o número de doses disponíveis, a demanda esperada e a capacidade de atendimento da rede. Assim, é possível avaliar se a melhor forma de receber a população é por agendamento ou demanda espontânea. Caso a procura seja maior que a capacidade de oferta, é possível que tenhamos filas e aglomerações".

O infectologista destaca que a vacinação é a forma mais eficaz de combater a pandemia. Por isso, recomenda que, em caso de haver espera, as pessoas devem manter o distanciamento, sem tirar a máscara, e higienizar as mãos com álcool em gel. O Correio questionou o Executivo local se as doses disponíveis seriam suficientes para atender toda a população com mais de 37 anos. Contudo, a Secretaria de Saúde respondeu apenas que o "esquema de mutirão foi montado para atender a todo público a partir dessa idade, bem como as pessoas que retornarão para completar o seu ciclo de imunização" com a segunda dose.

Busca ativa
Para vacinar as pessoas em situação de vulnerabilidade social, em regiões de baixa renda ou com dificuldade de acesso à internet, a Secretaria de Saúde fará visitas a esse público, com apoio das administrações regionais e conselhos de saúde. Há pelo menos seis ações do tipo marcadas entre o fim deste mês e o início do próximo (leia Programe-se).

O infectologista Leandro Machado entende que a estratégia é uma medida que possibilita ao governo ter mais controle sobre a vacinação. "A busca ativa é um bom método. Deveria ser aplicada, inclusive, entre o grupo de pessoas com idade para imunizar que ainda não buscaram os postos. É algo que o Estado deve estudar", reforça. O especialista lembra que é dever do poder público garantir o atendimento da população: "Todos têm direito à saúde".

» Colaboraram Danielle Souza (estagiária sob supervisão de Jéssica Eufrásio) e Pedro Marra

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