Título: Sociedade sofre o ônus da medida
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 30/03/2005, País, p. A4
O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, criticou a decisão do governo de recuar na aprovação da MP 232, que elevava a carga tributária para empresas prestadoras de serviço.
A mesma MP também corrigia em 10% a tabela de Imposto de Renda para as pessoas físicas. A tabela - congelada desde 1996 - sofreu correção de 17,5% em 2002. Essa correção, entretanto, foi insuficiente para zerar as perdas acumuladas em todo o período em que ficou congelada. Estima-se que a tabela de IR precisaria ser corrigida em 56%.
Para Amaral, o governo quer transferir para a sociedade o ônus das dificuldades para aprovar a MP.
- Como o governo não estava conseguindo aprovar a MP 232 no Congresso, resolveu transferir a culpa da não correção da tabela de IR para a sociedade.
Com a desistência de aprovar a MP, o limite de isenção do IR cai dos atuais R$ 1.164 para R$ 1.058 - o mesmo do ano passado.