Título: Coronel da PM, o primeiro suspeito
Autor: José Maria Batista
Fonte: Jornal do Brasil, 29/03/2005, País, p. A5
A possibilidade do assassinato do juiz Alexandre Martins ter sido crime de mando foi levantada no mesmo dia da morte do magistrado, 24 de março de 2003, quando o secretário de segurança anunciou que os executores já estavam identificados e alguns presos. O coronel da PM Walter Gomes Ferreira - considerado na época o braço armado do crime organizado no Estado - era suspeitos de ser o mandante ou intermediário do crime.
Mas tarde, ao ser preso, o principal acusado da execução, Odessi Martins da Silva Filho, o Lumbrigão, confessou que havia recebido R$ 15 mil para matar o juiz de um homem com quem havia se encontrado perto da rodoviária de Vitória.
Esse contato ainda não está identificado mas constam das informações do inquérito tratar-se de um dos policiais ligados ao coronel Ferreira. Dois outros policiais militares teriam sido contratados para vigiar o juiz: os sargentos Elber Venâncio e Ranilson Alves de Souza, que teriam alugado um apartamento na Praia de Itapõa, em Vila Velha. O imóvel fica na rota percorrida pelo juiz quando se dirigia para a academia de ginástica. Os policiais continuam presos, aguardando o julgamento.