Título: Italianos e um alemão na disputa
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Fonte: Jornal do Brasil, 01/04/2005, Internacional, p. A8

Com o quadro de febre e infecção urinária de João Paulo II, os cerca de 1,1 bilhão de católicos no mundo se preparam para uma eventual sucessão papal. Quatro cardeais e um arcebispo administram o cotidiano vaticano. E são considerados os candidatos mais fortes para ocupar o trono de São Pedro. O cardeal italiano Angelo Sodano, de 77 anos, é secretário de Estado do Vaticano e o segundo, abaixo do papa, na hierarquia da Santa Sé. Ex-diplomata da Igreja, ele causou mal-estar em fevereiro, ao mencionar publicamente que João Paulo II poderia renunciar, após a traqueostomia.

O alemão Joseph Ratzinger, também com 77 anos, é a autoridade protetora da doutrina católica, pois é o chefe da Congregação da Doutrina da Fé. Conservador, tem a oposição dos liberais que criticam seu pulso firme contra dissidentes.

O prelado italiano Giovanni Battista Re, 71 anos, é líder da Congregação dos Bispos. É considerado um ótimo administrador, mas tem pouca experiência pastoral.

Camillo Ruini, também italiano e de 74 anos, é o bispo de Roma e líder da Conferência de Bispos da Itália. Seus postos o colocam como o candidato italiano mais forte, figura-chave para influenciar a polícia nacional.

Secretário pessoal do papa, o arcebispo polonês Stanislaw Dziwisz, 65 anos, é o candidato menos cotado.