Título: Exportações da indústria do DF têm aumento de 95,24%
Autor: Rafael Baldo
Fonte: Jornal do Brasil, 03/02/2005, Brasília, p. D4

Vendas de US$ 28, 9 milhões estão longe de um equilíbrio com os gastos das importações

A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) registrou um aumento de 95,24% nas exportações do locais no ano passado, quase o triplo da média nacional, de 32%. Porém, o dado não foi suficiente para igualar o déficit das importações para a região. De US$ 28,9 milhões ganhos na venda, foram gastos US$ 505,6 milhões em produtos importados. Mesmo assim, o resultado é considerado positivo para o setor, segundo a Fibra. Em 2003, o gasto com importações chegou a US$ 538 milhões, contra US$ 14,8 milhões conquistado pelas vendas ao Exterior. O principal gênero de exportação é o alimentício, como carne de frango, boi e grãos de soja; seguido da venda de maquinário e aparelhos de carga. Até fabricantes de moda de praia se destacaram no balanço comercial, embora com um volume menor de negócios.

Os destinos que mais demandam os produtos dos produtos do Distrito Federal são Arábia Saudita e Holanda. Os dois países juntos representam 51% das mercadorias exportadas pela indústria candanga. Os produtos norte-americanos e franceses são os mais procurados pelo setor produtivo do DF, com uma participação, respectivamente, de 39% e 19,95% nas importações. O Ministério da Saúde, inserido no rol de importadores do DF, é responsável por 51,7% , ou R$ 260 milhões, das importações com a compra de remédios não produzidos pela indústria farmacêutica nacional.

Entre os exportadores o DF, a Só Frango, com R$ 18 milhões em vendas, se mantém líder, seguida da Multigrain (no setor de grãos), com R$ 7 milhões. Juntas, representam 86,39% do volume exportado.

Os pequenos empresários da região obtiveram maior destaque no mercado internacional. O gerente de exportações Miguel Cruz, das Indústrias Rossi, justifica o bom resultado. A empresa aumentou em 290% o número de vendas de um ano para outro.

- Fazemos muito trabalho de divulgação em feiras internacionais e fomos ganhando espaço lá fora - explica o gerente. Além disso, a desvalorização do real ainda é benéfica para as exportações, completa.

A tendência de 2005 está indefinida. Caso a queda da moeda americana se acentue, repetir os resultados de 2004 será uma missão quase impossível.