Título: Faltam 1.229 professores
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 05/04/2005, Brasília, p. D5

Secretaria espera que TJ libere, ao menos, 929 já

Há pouco mais de uma semana à frente da educação pública do DF, a nova secretária, Vandercy Camargos, enfrenta a falta de, ao menos, 1.229 professores. A razão continua sendo a impossibilidade de fazer contratos temporários. Para resolver o problema da carência de docentes, colocada como prioridade imediata de Vandercy, a Secretaria solicitou permissão do Tribunal de Justiça do DF (TJDF) para convocar 929 professores temporários, remanejou servidores que estavam em funções fora de sala de aula para voltarem a lecionar e está contratando 300 concursados - previsto começarem a trabalhar no prazo de 30 dias.

Na relação enviada ao TJDF, a Secretaria atendeu informou os nomes dos docentes afastados, disciplinas e tempo que os contratados ficarão na rede pública, de acordo com o caminho sugerido pelo MP.

- A falta de professores é um grande problema. Eu, como educadora, vejo isso como questão primordial que deve ser resolvida imediatamente - afirma Vandercy.

A expectativa da secretária é de que esta semana o tribunal libere essas contratações.

- É o único modo de resolvermos de imediato a falta de professores, pois, a carência não é permanente. São vagas de profissionais que estão afastados por licença, mas que voltarão para ocupada seus cargos - afirma a secretária.

No final do ano passado, o TJ-DF, por meio de ação civil pública, vedou esse tipo de contratação pela Secretaria de Educação. A ação é de autoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que explica que a contratação temporária deve ser uma medida pontual e a Secretaria de Educação usa como recurso freqüentemente. No dia 03 de março último, o tribunal permitiu a contratação de 1.174 professores provisórios.

Sobre as demais dificuldades encontradas na rede pública de ensino do DF, como falta de vagas para educação infantil, carteiras, cadeiras e a reposição de aulas do período da greve, a secretária de Educação disse que também estão sendo providenciadas soluções.

- Os móveis escolares serão entregues dentro de 15 dias. As aulas perdidas na greve já estão sendo programadas para serem dadas nesse primeiro semestre letivo. O problema da educação infantil é mais complicado de ser resolvido de imediato. Vamos resolver primeiro a questão das crianças que já estão matriculadas. Novas vagas, só em 2006 - explica a secretária.