Título: Justiça bloqueia bens de fiscais
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Fonte: Jornal do Brasil, 07/04/2005, País, p. A2
Auditores são acusados de rombo bilionário
BRASÍLIA - A Justiça bloqueou todos os bens dos 13 auditores fiscais acusados de provocar um rombo de cerca de R$ 3 bilhões nos cofres da Previdência Social. Foram confiscados 71 imóveis, avaliados em R$ 40 milhões. Além disso, a Polícia Federal cumpriu 14 mandados de seqüestro de bens nas casas dos acusados, apreendendo 34 automóveis nacionais e importados, jóias, televisões de tela de plasma, um cofre e obras de arte, além de valores depositados nas contas bloqueadas.
Segundo a PF, dos 13 fiscais que estão com prisão preventiva decretada desde 24 de fevereiro, um está foragido e dois tiveram a prisão suspensa por motivo de saúde. Eles são acusados de formação de quadrilha, crimes contra a ordem tributária, cobrança de tributo indevido com má-fé e advocacia administrativa. As penas podem chegar a 30 anos.
O pedido de seqüestro de bens imóveis, móveis de luxo, automóveis, contas bancárias e cofres em bancos havia sido pedido no último dia 7 pelos procuradores da República Fábio Aragão e Vinícius Panetto. O juiz da 3ª Vara Federal Criminal, Flávio Roberto de Souza deferiu no dia 10 o pedido, que foi efetivado ontem. Caso sejam condenados, os fiscais podem pegar até 30 anos de prisão. Os bens que estão bloqueados serão revertidos para o INSS.
Segundo o Ministério Público Federal, os fiscais presos entraram com pedido de revogação de prisão preventiva na 3ª Vara Federal Criminal e todos foram negados.
- O Ministério Público crê na Justiça e acha que será muito difícil que os fiscais respondam ao processo em liberdade - afirma o procurador da República Fábio Aragão.
Os auditores fiscais também são investigados por lavagem de dinheiro e remessa ilegal para o exterior.