Correio Braziliense, n.20579, 26/09/2019. Artigos. p.15

O histórico discurso do presidente Bolsonaro na ONU
 


A repercussão do discurso do presidente Jair Bolsonaro, na abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, dá bem a dimensão de seu caráter histórico: cada ponto abordado no discurso respondia, de forma precisa, aos mais variados temas que vêm sendo debatidos à exaustão aqui e no exterior. Não sobrou espaço para dúvidas quanto à soberania brasileira sobre a Amazônia. Não restaram brechas para questionamentos acerca do compromisso do governo com a democracia e a liberdade. Não há como negar a amplitude de seu discurso e o alcance de suas palavras.

Ainda assim, muitos “especialistas” da mídia — que já tinham a crítica pronta antes mesmo de o presidente proferir seu discurso — afirmam que a fala de Bolsonaro na ONU foi direcionada aos seus apoiadores. Uma perspectiva simplista e rasa, digna de quem já não consegue mais analisar com imparcialidade. A base do presidente já conhece os escândalos de corrupção e a afinidade de governos anteriores com ditaduras socialistas, o excelente trabalho do ministro Sérgio Moro e o viés liberal conservador do novo governo. O mundo, não.

O presidente Jair Bolsonaro reproduziu para os demais chefes de Estado e para o mundo o que pensa e deseja a maioria da população brasileira, que o elegeu por acreditar e defender os valores ressaltados em suas palavras. Seu discurso foi, antes de qualquer coisa, pautado pela verdade, o que deveria ser a regra mais importante para um líder de uma nação. Não se prendeu a termos abstratos, frases de efeito ou inimigos invisíveis. Ele deu nome aos bois e expôs a realidade.

Lembrou que França e Alemanha utilizam mais de 50% de sua área para plantio, enquanto o Brasil usa pouco mais de 8% de território para a produção agrícola. Afirmou, didaticamente, que as queimadas são sazonais e, além disso, somos o país que mais protege o meio ambiente.

Falou do Foro de São Paulo, dos atentados contra a democracia cometidos pelos governos petistas quando compraram parte do parlamento no escândalo do Mensalão e dos roubos do Petrolão. Por seu lado, mostrou como o governo vem combatendo a corrupção e a violência. Condenou os regimes ditatoriais de Cuba e Venezuela, falou da perseguição ao cristianismo e diversas religiões no mundo, entre outros temas. Por outro prisma, mostrou como a Operação Acolhida ampara as vítimas da tirania socialista de Maduro, além de falar sobre o respeito e a tolerância religiosa no Brasil.

Quem ouviu o discurso de Bolsonaro pôde compreender o contexto político do Brasil por meio de eventos reais, os valores que nosso povo realmente defende e a nossa nova forma de se relacionar com o mundo, pautada pelo respeito à soberania, pelo apreço à democracia e pela liberdade. Foi o discurso de um estadista. Por isso,os “especialistas” procuram, e não acham, pontos onde possam apontar falhas no pronunciamento do presidente. Isso não os impede, no entanto, de fazer a crítica pela crítica. Nem de torcer o nariz para a clareza de suas ideias.

Dizem que suas palavras foram agressivas, quando, na verdade, foram firmes e altivas, dignas de um governo que preza pela sua soberania. Dizem que sua fala isola o Brasil, quando, na verdade, o discurso foi um convite ao diálogo e à parceria, digna de um governo que defende a democracia. Dizem que o discurso foi recheado de indiretas, quando, na verdade, foi franco e assertivo, digno de um governo que tem a verdade como pilar fundamental.

O discurso do presidente Jair Bolsonaro foi como um contraponto ao que é propagado pela imprensa global, alinhada minuciosamente pelo viés progressista. Há uma clara campanha de difamação contra o Brasil no exterior — celebrada e compartilhada por boa parte da imprensa brasileira — sem que o país tenha a mínima chance de defesa. A Assembleia Geral da ONU foi a oportunidade perfeita para o presidente mostrar a verdade ao mundo. João 8:32! E, como bem disse o presidente ao final de seu histórico discurso: “Não estamos aqui para apagar nacionalidades e soberanias em nome de um ‘interesse global’ abstrato. (...)

» Arthur Bragança de Vasconcellos Weintraub

Professor de direito da Unifesp, é assessor Especial da Presidência da República

» Gustavo Chaves Lopes 

Jornalista, mestre em comunicação pela UnB, é chefe de Comunicação da Casa Civil da Presidência da República