Correio Braziliense, n. 20632, 18/11/2019. Economia, p. 7

Mercado promissor



Fabiana Hamada, consultora da Goakira, especializada no atendimento de franquias e empreendedorismo, afirma que as projeções para o setor são muito boas graças ao aumento de novas marcas e à procura por modelos de franquias. “A tendência é aumentar com a estabilidade econômica. Haverá crescimento em todos os segmentos”, analisa.

No entanto, Paulo Mendonça, consultor da empresa Ponto de Referência, recomenda cautela. “A pessoa precisa escolher a melhor maneira de vender o seu produto. Por exemplo: uma fábrica pode utilizar o modelo de franquia para fazer o escoamento da produção. Porém, a pessoa deve, acima de tudo, se questionar: eu quero isso para a minha vida? Abrir um modelo demanda muito esforço e relacionamento”, alerta.

Wilson Poit, diretor-superintendente do Sebrae de São Paulo, destaca a perspectiva de empreendedor nesse setor: por oportunidade ou por necessidade. Segundo ele, o primeiro é quem tem uma ideia e quer investir nela, o segundo é quem perdeu o emprego ou está entrando no mercado. Na avaliação dele, o momento é favorável para empreender. “Quem vai gerar os verdadeiros empregos são as pequenas e médias empresas. Porém, quem está começando o negócio próprio precisa de muita disciplina e é necessária uma mentoria para direcionar a pessoa”, aconselha.

Hamada também salienta que é preciso observar o perfil do investidor. “Quem quer ser franqueado e não tem muita experiência, o ideal é uma marca e um modelo testado, é para alguém que busca segurança, pois é menos arriscado. Agora, se você é uma pessoa criativa e quer criar seu próprio modelo, invista na sua própria marca”, conclui.