Correio Braziliense, n. 20621, 07/11/2019. Economia, p. 7

Recursos para saúde, educação e defesa


Presente no certame, realizado no Rio de Janeiro, o secretário da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que a arrecadação de R$ 70 bilhões em bônus de assinatura no leilão da cessão onerosa vai permitir o desbloqueio de recursos do orçamento da União. “Vamos anunciar, na próxima segunda-feira, a prioridade de descontingenciamento. As áreas de defesa, saúde e educação entrarão como prioritárias. As diretrizes ainda serão estabelecidas e seguirão nessas áreas”, antecipou.

Em Brasília, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao ser perguntado se o leilão foi abaixo do esperado, fez um sinal de positivo com a mão.

Durante a coletiva após a licitação, Rodrigues disse que o montante arrecadado vai permitir que o deficit das contas públicas deste ano, estimado em R$ 139 bilhões seja reduzido para algo em torno de R$ 90 bilhões. “Descontadas as divisões com municípios e estados, e após o pagamento da Petrobras, temos R$ 23,7 bilhões de receita primária, que não estavam contabilizadas na Lei Orçamentária de 2019”, afirmou. “Vai levar nosso deficit para 1,2% ou 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto). Será o sexto ano de deficit primário, mas caminharemos para resultados cada vez melhores”, avaliou.

Rodrigues destacou, ainda, que o PIB potencial do país é influenciado pelo leilão. “Toda a cadeia de produção será beneficiada. Os números ainda estão sendo fechados, porque é importante deixá-los mais precisos, mas teremos geração de empregos”, ressaltou. “Para a União, o que interessa é que outros dois campos serão formatados para um próximo leilão e terão geração de valor muito forte”, disse. (SK)