Título: Protesto marca o Dia da Saúde
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 08/04/2005, Rio, p. A16
Hospitais seguem em greve
No Dia Mundial da Saúde, médicos e funcionários de hospitais federais, estaduais e municipais fizeram uma manifestação na Avenida Rio Branco, no Centro, protestando contra a crise dos hospitais e postos de saúde. A passeata saiu da Candelária e foi até a Cinelândia, onde cerca de 300 pessoas ficaram concentradas até as 19h. No Hospital Estadual Getúlio Vargas, os funcionários entraram em greve. A previsão é que a paralisação dure até o fim do dia. Eles protestam contra a terceirização da mão-de-obra nas unidades estaduais. Até a noite de ontem a Secretaria Estadual de Saúde não havia sido notificada. A direção do hospital garante que todos os atendimentos foram realizados sem prejuízos.
No Hospital de Ipanema, a paralisação dos servidores municipalizados continua até que eles constatem que o depósito das gratificações atrasadas tenha sido realizado.
O Ministério da Saúde informou que o setor cirúrgico foi o mais afetado pela greve. Só foram realizadas cirurgias de pacientes que já estavam em pré-operatório.
No Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, a paralisação também será mantida. No Hospital do Andaraí e da Lagoa, os funcionários não entraram em greve e parte deles recebeu as gratificações. De acordo com o secretário municipal de Administração, Índio da Costa, todos os depósitos já foram creditados para os servidores. No entanto, a diretora do Sindsprev-RJ (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência), Edith Alves dos Santos, diz que apenas parte das gratificações foram liberadas.
- .Os auxiliares de enfermagem, que são os que ganham menos, não tiveram as gratificações depositadas - afirmou Edith.
A liminar expedida pelo juiz substituto Silvio Wanderley do Nascimento Lima, da 11ª Vara Federal, dava prazo de 24 horas para que a prefeitura liberasse o pagamento referente aos atrasados dos servidores. No texto da liminar, está prevista uma multa pessoal de R$ 15 mil para o prefeito, Cesar Maia, e para o secretário municipal de Saúde, Ronaldo Cezar Coelho, caso o pagamento não seja realizado integralmente.