Título: Não existe risco de contágio
Autor: Soraia Costa
Fonte: Jornal do Brasil, 09/04/2005, Brasília, p. D8

A cada ano, são descobertos 50 novos casos de epilepsia a cada grupo de mil habitantes. A doença pode ser causada por lesões cerebrais, predisposição hereditária, tumores e distúrbios cerebrais degenerativos, infecções como meningite e neurocisticercose, abuso de bebidas alcóolicas ou de drogas, e complicações durante o parto. A epilepsia não é contagiosa. Mesmo quem entra em contato com o paciente ou sua saliva durante os ataques epilépticos não corre risco de contrair a doença. No Brasil, os principais centros de pesquisa da epilepsia estão em São Paulo e Curitiba, mas o HUB também tem especialistas no assunto.

Embora as cargas elétricas que desencadeiam as crises ocorram no cérebro, a capacidade de quem possui epilepsia não é alterada. Não há idade para a doença se manifestar. Os sintomas podem aparecer horas depois do nascimento de uma criança, ao entrar na adolescência ou mesmo na fase adulta. Hoje o HUB acompanha 500 crianças e adolescentes portadores de epilepsia.

- Os tipos de crise, a medicação e as doses variam de acordo com a idade - explica o chefe do Serviço de Neuropediatria do HUB, Carlos Aucélio.

O diagnóstico costuma ser rápido. Sai logo após os primeiros exames. É importante identificar o tipo de epilepsia para definir o melhor tratamento.