Título: Governo repete fórmula para reajustar o mínimo
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Fonte: Jornal do Brasil, 15/04/2005, País, p. A3

A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2006 vai repetir a regra do texto aprovado no ano passado para a definição do salário mínimo. O reajuste do próximo ano será proporcional à inflação acumulada até a data do reajuste, acrescida do crescimento da economia per capita (PIB dividido pelo número de habitantes). Essa regra foi definida no ano passado para garantir um ganho real para os brasileiros que recebem o mínimo. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), confirmou a equação para o aumento do salário.

- Essa regra vai ser repetida - afirmou.

No ano passado, a fórmula permitiria ao governo reajustar o salário para R$ 281. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu cortar despesas do orçamento para elevar o mínimo até R$ 300.

O texto da LDO chega amanhã ao Congresso Nacional. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deve entregar o documento ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O chefe da Casa Civil da Presidência, ministro José Dirceu, disse ontem que o governo vai manter o superávit primário de 4,25% na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2006, que será encaminhada ao Congresso. Segundo o ministro, o governo vai manter um teto de 16% para a carga tributária.

- Há acordo no governo e uma autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para estabelecer esse índice - ressaltou Dirceu, em entrevista concedida antes do almoço com o presidente em exercício, José Alencar, e os comandantes militares.

Indagado se a proposta de um teto para a carga tributária seria uma resposta do Planalto à oposição, especialmente ao PSDB, que acusa o governo de aumento de gastos, o ministro respondeu que ''o governo gasta naquilo que é prioritário''.

- Ficamos dentro das possibilidades orçamentárias, tanto é que estamos fazendo um superávit de meio ponto percentual maior do que o segundo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. No primeiro mandato ele não fez superávit. Pelo contrário, arruinou as finanças públicas

Com agências