Correio Braziliense, n. 21401, 20/10/2021. Política, p. 5

Para novo, 3ª via deve convergir

Bernardo Lima


A terceira via deve ter apenas um representante nas eleições presidenciais de 2022 e, à medida que haja convergência na direção de um nome, todos os demais devem se engajar para torná-la capaz de ser competitiva contra os extremos representados por Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. A avaliação é do cientista político Luiz Felipe D'Avila, pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo partido Novo.

"Todos nós, que estamos disputando esse espaço, temos perfeita consciência e espírito público de que é preciso ter uma única candidatura da terceira via em 2022. O que vamos fazer como candidatos, tanto eu como (Eduardo) Leite, (João) Doria, (Luís Henrique) Mandetta e outros é ver qual o mais capaz na construção de um discurso político que conquiste a maioria do eleitorado", afirmou, em entrevista, ontem, ao programa CB.Poder — uma parceria entre o Correio e a TV Brasília.

Mas isso não quer dizer que esses que pleiteiam a possibilidade de representar a terceira via não deixem de se submeter à avaliação do eleitor. Para D'Ávila, é importante que todos testem a popularidade que têm. "É hora, sim, de o centro apresentar seus nomes, para que a gente possa descobrir qual é o candidato que vai ganhar mais confiança do eleitorado, o que certamente será mostrado pelas pesquisas de opinião", explicou.
As reformas econômicas de teor liberal terão ênfase na pré-campanha de D'Ávila, pois defende que somente dessa forma o país poderá prosperar. "O pensamento do Novo é: vamos avançar com a agenda liberal na economia, porque, se não houver crescimento econômico, não haverá emprego e renda. Sem isso, não há como resolver os problemas sociais do país", defende.

* Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi