— Para mim, (a reforma administrativa) é prioridade número um. Sem reduzir o tamanho do Estado, não reduz a carga tributária — afirmou, após participar de um almoço da Associação Brasileira de Relações Institucionais no Rio.
Maia comentou ainda estar feliz que Câmara, Senado e governo estejam engajados em fazer uma reforma tributária:
— Vamos unificar os dois Poderes do Legislativo mais o governo e construir uma reforma tributária. Independente de onde ela comece, que ela represente os anseios da sociedade. Num primeiro momento, uma simplificação do sistema tributário. Num segundo momento, com a reforma previdenciária e a reforma do Estado, a gente possa trabalhar na redução da carga tributária.
Maia disse que o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) é o que todos querem.
— Todo mundo quer o IVA, Paulo (Guedes, ministro da Economia) quer o IVA com redução do custo da contratação de mão de obra, com CPMF. Será que é necessária ou não CPMF? O importante é que o governo tenha uma proposta.
Megaleilão
Maia comentou o megaleilão do pré-sal. Semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto e prevê a divisão dos recursos provenientes de leilões de petróleo com estados e municípios. O tema ainda será votado em plenário.
— Tem que aprovar. É importante para o Rio — disse.
— Se não fizer (o leilão) em novembro, fazem janeiro. Qual é o problema? O que não pode é o Rio sair prejudicado na distribuição do dinheiro que irá para prefeitos e governadores.
FGTS preocupa
Com o critério aprovado na CCJ, o Rio receberia só R$ 326 milhões. O governo do estado pretende mudar a regra.
Maia disse estar preocupado coma liberação do FGTS. O saque emergencial este ano será de R$ 500 de cada conta:
— Temos preocupação de que não se use o dinheiro do FGTS do trabalhador tão rápido, não estimule o gasto. Aquilo é poupança, não pode ser tratado como complemento de renda no curto prazo.