Título: Governo faz campanha com ''bons exemplos''
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Fonte: Jornal do Brasil, 26/04/2005, País, p. A2

Ministro anuncia nova propaganda publicitária para a auto-estima do brasileiro

SÃO PAULO - Todos os ministérios devem buscar a partir de agora uma aproximação com os meios de comunicação. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, esse é um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os ministérios façam uma prestação de contas de suas ações, principalmente na área social. - É preciso que haja uma dedicação maior na relação com a mídia - diz.

O ministro fez ontem, em São Paulo, a primeira grande apresentação aos empresários sobre as Parcerias Público-Privadas (PPPs) em comunicação. A idéia é obter parceria para a divulgação de ações do governo federal em quatro áreas: saúde, educação, meio ambiente e segurança no trânsito. Trata-se da segunda etapa da campanha O Melhor do Brasil é o Brasileiro lançada em julho do ano passado. Três entidades nacionais de agências de propaganda serão responsáveis pelas parcerias: a Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap), Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) e Associação Brasileira de Publicidade (ABP).

Até junho, o governo terá um novo slogan - ''Um bom exemplo, tudo começa por aí'', numa espécie de Parceria Público-Privada (PPP) de comunicação. Mas, o slogan da campanha poderá mudar, segundo Gushiken.

Durante o encontro com empresários, o ministro tomou conhecimento de uma pesquisa realizada pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 150 empresários paulistas. A eficiência gerencial do governo federal ganhou nota 3,5, em uma escala até 10. O Índice Lide-FGV foi apresentado durante almoço com o ministro Luiz Gushiken. Ele justificou dizendo que o governo federal trabalha para localizar em algumas áreas importantes medidas para que as despesas não tenham a evolução que estão tendo.

Na pesquisa, chamada de Clima Empresarial, 64% dos entrevistados disseram acreditar que seus negócios estão melhores que em 2004; 39%, que a situação é a mesma do ano passado; e 7% acham que está pior. O resultado mostra um crescimento no otimismo do empresariado: há 10 dias, 17% achavam que os negócios estavam piores que em 2004 e 16% pensavam em demitir - agora, apenas 6% manifestam intenção de dispensar trabalhadores. Já 34% prevêem contratações e para 76% dos entrevistados, a carga tributária é o principal fator que impede o crescimento de seus negócios.