Título: Crédito socorre operadoras
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 26/04/2005, Economia & Negócios, p. A19
Preocupada em aumentar a liquidez e as garantias do mercado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar apresentou ao mercado a criação do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) em parceria com o Banco do Brasil. O fundo é uma alternativa de captação de recursos através da securitização de recebíveis, via antecipação de direitos. Na avaliação da ANS, o fundo também permite a constituição de ativos garantidores para provisões de risco com rentabilidade e segurança superiores aos de hoje.
- O mercado demanda liquidez. Qualquer ferramenta é viável. Há falta de liquidez em algumas empresas - ressalta Alfredo Luiz de Almeida Cardoso, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
No último trimestre do ano passado, dados indicam liquidez entre as seguradoras. Entre outubro e dezembro de 2004, as seguradoras tinham R$ 1,81 para cada dívida de R$ 1. Mas no mesmo período do ano anterior, o índice era de R$ 1,99. No caso das cooperativas, passou de R$ 1,09, no final de 2003, para R$ 1,16, no final de 2004, para cada R$ 1 de dívida. Entre as empresas de medicina de grupo, o índice também aponta alta, apesar de deficitário. Passou de R$ 0,92 para R$ 0,97, no ano passado.
Paralelamente, a ANS vem realizando estudos, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para agir como uma indutora de fusões e aquisições entre as pequenas empresas.
- O processo já está em curso. O objetivo é dar capacidade às pequenas empresas se fundirem e fazer frente às grandes empresas. A agência quer facilitar esse processo. Há uma preocupação com a sobrevivência destas empresas. Porém, as que não conseguiram cumprir o básico da legislação em seis anos não deverão conseguir em seis meses - explica o diretor da ANS.