Título: Não adianta ir de banco em banco
Autor: Marcelo Kischinhevsky
Fonte: Jornal do Brasil, 27/04/2005, País, p. A3

O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, garante que não compensa sair de um banco e ir para outro porque as diferenças são mínimas até em bancos públicos. Segundo levantamento do Banco Central, o cheque especial tem taxa média de 8,25% ao mês e o cartão de crédito, taxa média de 10,13%. Nos sete bancos que representam 80% do volume bancário (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa, HSBC, Unibanco e Real), as diferenças são mínimas. A menor é a da Caixa (7,95% ao mês) e a maior é a do HSBC (8,37%).

- Para quem estiver devendo R$ 1 mil no cheque especial, a diferença entre a maior e a menor taxa de juros será no máximo de R$ 8 ao mês, montante absolutamente sem expressão para alguém pegar condução, ir a outro banco, realizar depósito inicial mínimo e pagar as tarifas de abertura da conta - afirma.

Como medidas mais eficazes, os especialistas citam uma série de alternativas: todas de responsabilidade direta ou indireta do governo. Entre elas, queda da taxa Selic, a fiscalização do lucro excessivo dos bancos e aplicação da lei anti-truste, reforma do Judiciário, diminuição dos impostos compulsórios, crescimento econômico e geração de empregos de forma que caia a inadimplência, e a queda dos juros dos bancos públicos.