Título: Demora preocupa governo e Banco do Brasil
Autor: Guilherme Queiroz
Fonte: Jornal do Brasil, 28/04/2005, Brasília, p. D3

Depois de cinco meses de polêmica e estagnação, o novo atraso na votação da ampliação do Parque Nacional de Brasília foi recebido com preocupação pelo GDF e pelo Banco do Brasil, principal investidor da Cidade Digital. Mesmo com a garantia explícita do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, deputado Luciano Castro (PL-RR), de que o projeto de lei será votado na próxima semana, a saída do banco do empreendimento ainda não está descartada. Após o cancelamento da sessão de ontem, Castro afirmou que iria emitir um comunicado ao Banco do Brasil assegurando que o projeto de lei estaria no plenário da Casa, na próxima semana, '' com ou sem acordo''. A instituição foi convidada GDF a instalar seu segundo centro de armazenamento de dados na Cidade Digital. Há um prazo legal, porém, de que a estrutura tem de ser concluída e deve estar em operação até o final de 2006. O projeto prevê investimentos na ordem de R$ 700 milhões.

Segundo a assessoria de imprensa do BB, o novo adiamento da votação foi recebido com preocupação. Afinal, as condições para cumprimento do prazo estão ficando ''críticas''. Caso a liberação da área para a Cidade Digital não seja concluída ainda em maio, o banco tem como alternativas áreas em São Paulo e no Paraná, para onde serão levados os investimentos. A construção de centro de armazenamento de dados é considerado o carro chefe para atrair cerca de outros R$ 1,3 bilhão em investimentos.

Apesar de o prazo dado pelo BB estar prestes a se expirar, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico, Izalci Lucas, tentou amenizar o novo adiamento da votação. Ele afirma que o licenciamento ambiental da Cidade Digital já está adiantado e que o processo terá sido concluído quando da liberação da área para que as obras sejam iniciadas.

- Independentemente do andamento da votação, o licenciamento já está sendo conduzido. Não deve haver problemas para começarmos as obras rapidamente - argumenta Izalci.