Título: Lindbergh Farias
Autor: Luís Pimentel
Fonte: Jornal do Brasil, 15/05/2005, Caderno B, p. B6

Conhecido nas internas iguaçuanas como Lindbergh ou Lindinho, o jovem empreendedor e talentoso Lindbergh Farias é o prefeito pop-star da Baixada Fluminense. Eleito depois de uma campanha duríssima, em que fez prevalecer a garra, o despojamento e o carisma ¿ além da beleza responsável pelo voto quase unânime do eleitorado feminino ¿, o ex-presidente da UNE que falou grosso e bonito na Câmara Federal está dizendo a que veio: tocando bons projetos sociais e culturais, enfrentando oligarquias e conservadorismo de toda espécie e ganhando a confiança do povo de sua cidade. O prefeito tem enfrentado com valentia o que talvez seja o maior inimigo de sua administração: o crime organizado, responsável pelo grande número de matanças que envergonham a região. ¿Há uma rejeição aos negócios de gangsterismo ligados à política e à polícia. A chacina em Nova Iguaçu vai resultar numa série de mudanças. A Baixada inteira gritou: `Nós estamos aqui presentes¿. É um momento de transição¿, diz ele. Deus te ouça e te proteja.

Zezé Sack - O que é mais difícil: administrar a UNE ou Nova Iguaçu?

Lindbergh Farias - Na UNE, ninguém administra, todo mundo faz discursos. Tomei esse caminho por não querer mais ficar só no carro de som. Queria pegar no pesado pra tentar mudar a vida desse povo.

Ana Maria Tahan - Você acha que em quatro anos consegue mudar a cara de Nova Iguaçu? Você sabe que não depende só de você. Nenhum município sobrevive sem o Fundo de Participação, e tem a parceria com o Estado, com a União, um monte de dificuldades.

Lindbergh - Até pela expectativa depositada em relação a mim, se não mudarmos muito Nova Iguaçu, nosso projeto será derrotado. É claro que se a relação do Estado com o município fosse melhor me ajudaria. No dia 30 de dezembro, véspera de eu assumir, o governo rompeu um convênio de R$ 30 milhões, deixando obras paradas em 19 bairros. Mas avançamos muito nesses quatro meses. Com uma equipe boa, corrigindo problemas, a dívida do município já caiu muito. Saneamos a questão financeira. Engatamos negociações com organismos internacionais para investir em urbanismo e pavimentação. Renegociamos contratos: por exemplo, a limpeza de escolas caiu de R$ 8 para R$ 4 milhões por ano. O fato mais importante, porém, com a minha vitória, foi chamar a atenção para a Baixada, nacionalizando as nossas questões. Os problemas da Baixada eram tratados numa lógica de pequenos coronéis indo a Brasília mendigar junto a deputados. O poder público não estava presente. Os grupos de extermínio surgiram assim: chegava um xerife na área e obtinha o apoio da comunidade. Historicamente, alguns prefeitos e vereadores da região foram matadores. Esse modelo está se esgotando. Minha vitória só foi possível porque há uma reação a isso. Olha, a sociedade está se organizando na Baixada.

Ricky Goodwin - Mas o crime não está se organizando muito mais?

Lindbergh - Não. Há uma rejeição aos negócios de gangsterismo ligados à política e à polícia. A chacina em Nova Iguaçu vai resultar numa série de mudanças. A Baixada inteira gritou: ''Nós estamos aqui presentes''. É um momento de transição.

Ana - Existe um sentimento de união entre os prefeitos da Baixada que pode se sobrepor às diferenças partidárias?

Lindbergh - O jogo ali é muito difícil e há uma marcação cerrada. Converso com um prefeito num dia, Garotinho tá lá conversando com ele no dia seguinte. Minha eleição na verdade foi uma cunha na Baixada. Garotinho tem que perceber que a Baixada não é só um espaço dele.

Ana - Você tem que reconhecer que, com este episódio da chacina, Garotinho conquistou espaços, porque a mudança no comando da PM, desestabilizando aquele esquema, foi promovida pelo Itagiba.

Lindbergh - E os aliados dele? Garotinho vai fazer campanha com Nelson Bournier. As pessoas sabem que ele está com a banda podre. Garotinho está colado ao que há de pior na Baixada e vai ter problemas com isso.

Ricky - Por que você, com essa pinta toda, foi se candidatar logo por Nova Iguaçu?

Lindbergh - Não tinha ninguém do PT, ninguém de esquerda, pra se candidatar na Baixada Fluminense, onde vivem 4 milhões de habitantes. O pessoal do PT fica todo dando cotovelada na Zona Sul. Só que eu achava que seria um projeto de 20 anos: ia chegar, disputar eleição, perder, concorrer de novo...

Ricky - A que você atribui ter dado certo tão rápido?

Lindbergh - Quando entrei nessa eleição de Nova Iguaçu, meu adversário dizia: ''Ele é estrangeiro, vem de fora!''. Mas metade da cidade é de nordestinos! Não calcularam a identificação que o povo da Baixada tem com os nordestinos. Sem falar que o povo tá aprendendo com muita rapidez como funciona esse negócio de eleição e sabe que a pior coisa que tem é o sujeito mentir. Para quem desconfiava (''O que esse cara tá fazendo aqui? Podia estar lá em Brasília!''), eu procurava ser verdadeiro: ''Eu sou jovem e tenho um futuro político pela frente. Não tô vindo pra cá queimar meu filme. Quero fazer alguma coisa por Nova Iguaçu''.

Heloisa Tolipan - Que Nova Iguaçu vai fazer alguma coisa por você.

Ricky - O fato de você ser jovem e bonito e não ter cara de político ajudou na campanha. Ao assumir a prefeitura, estas mesmas características não atrapalharam? As pessoas levam você a sério?

Lindbergh - Levam porque houve uma expectativa enorme da população com relação ao que eu iria fazer. O que eu poderia fazer diante dessa expectativa? Ir pra rua. Depois de uns dois meses no gabinete saneando as finanças, passei a ir todo dia pra rua, acompanhar obra, olhar os buracos, participar de mutirão, e isso me deu um peso político maior. Com isso ganhei tempo pra ir administrando os projetos estruturantes, que só vão dar resultados no final de 2006.

Ana - Você mora lá? Seus filhos estudam lá?

Lindbergh - Moro lá e meu filho estuda aqui. Falei em transferir ele pra lá mas Maria Antônia me deu um chega pra lá: ''Nós estamos mudando a nossa vida toda por conta da tua política, mas meu filho já está adaptado na escola e tem seus amigos aqui''. Falo isso com toda sinceridade. Assim como falo que todo domingo, quando dá sol, vou pra praia. E duas vezes por semana venho ao Rio pra reuniões, jantares e entrevistas como esta. Assim como muitas pessoas de Nova Iguaçu moram lá e trabalham aqui. Saiu até uma notinha no Ancelmo dizendo que eu fui visto malhando numa academia aqui, mas se Aécio pode, por que eu não posso?

Ana - E Aécio Neves vem de BH, que é muito mais longe!

Lindbergh - Fizeram uma foto pra me pegar, eu de sunga na praia, e colocaram: ''Prefeito passa o domingo na praia''. Mas o pessoal de Nova Iguaçu acha legal vir pra praia! Quando o trânsito tá bom, em 35 minutos você tá aqui. Sei que vou sofrer sempre essas estocadas mas não vou abrir mão de minha relação com o Rio.

Ricky - Essa sua relação com o Rio passa pelo lado político?

Lindbergh - Passa. Nesse sentido, sou uma nova época na Baixada. Os políticos da região não se interessavam por nada que se passasse fora dali. Eram os políticos de anel no dedo e cordão no pescoço.

Zezé - E cinco celulares em cima da mesa.

Lindbergh - Noto também que existe uma torcida por parte dos eleitores do município do Rio para que a experiência em Nova Iguaçu dê certo, para que coisas semelhantes possam ser feitas aqui. A própria recuperação do Lula nas pesquisas do Rio está ligada ao PT na Baixada. O PT no Rio tava fora de moda, muito sem cara, a participação da Benedita acabou não dando certo.

Ana - Lançar o Wladimir Palmeira vai resolver isso? É a décima vez que ele tenta. O PT não vai continuar limitado à Zona Sul, aliás, a Santa Teresa?

Lindbergh - Você está certa, não temos nenhum nome forte, mas pode ser uma campanha gostosa. Queremos é ter coisas legais pra mostrar. Sabe como a gente tem que resgatar a militância que existia no Rio? Fazendo coisas onde o povo mais precisa. Lá em Nova Iguaçu implantamos um ritmo violento de mudanças. Em quatro meses, fechamos a Pedreira, acabamos com o monopólio escandaloso de uma funerária e reformamos o Hospital da Posse. Se conseguimos fazer isso em Nova Iguaçu, podemos dizer também para os militantes desencantados do Rio: ''Vale a pena votar no PT''. Niterói também é um bom exemplo disto.

Ana - A mosca azul não está mordendo também Godofredo Pinto?

Lindbergh - Godofredo é inteligente, ganhou muito com a eleição em Niterói, mas não empolga. Wladimir bate mais. Ele é cortante.

vRicky - E se vier Ciro Gomes?

Lindbergh - É candidato pra ganhar. Mas o Ciro tá muito bem colocado onde está, é um ministro de peso, e é uma alternativa para 2010.

Ana - Alternativa pra 2010 não é o que está faltando. Até você pode ser uma alternativa.

Lindbergh - Uma coisa eu sei: não será uma campanha como a do Jamil Bittar. Qual era a proposta do Bittar? Se espremesse bem, não tinha.

Ana - Como é o seu dia-a-dia de prefeito?

Lindbergh - Eu e Maria Antônia levantamos na hora do Bom-Dia Brasil, mas acordamos num cansaço que nem consigo mais fazer ginástica. Oito e quinze tô na prefeitura. Depois das reuniões, vou pra rua fazer as coisas. Dou incertas direto. Faço rondas até de noite, pra ver a coleta do lixo, por exemplo. Hoje, após esta entrevista (que terminou às 20h30), tenho uma reunião lá sobre planejamento. É um ritmo enlouquecedor. Prefeito discute tudo, da política de educação ao poste. Eu agora ando nos lugares reparando em todos os detalhes. Minha grande história agora é descobrir que tipo de calçada vou fazer em Nova Iguaçu. Adoro ser prefeito!

Ana - E Maria Antônia, está adorando você ser prefeito?

Lindbergh - Ela detesta essa história de ser primeira-dama! É advogada, tem uma cabeça boa pra gestão administrativa e quer aparecer pelo seu trabalho. Ela é minha salvação quando tenho que fazer plano de ação.

Ana - Ou seja: quando os dois vão pra cama estão completamente esgotados!

Lindbergh - Tem essa coisa chata, esses desgastes, ela diz que às vezes pareço seu chefe. Mas estamos tão entusiasmados que passamos o tempo todo imaginando como as coisas vão ser.

Luís Pimentel - O que você tem feito em Nova Iguaçu na área da cultura?

Lindbergh - Começamos com o projeto Cinema na Praça, exibindo filmes nacionais. Todo fim de semana instalamos um telão numa comunidade e cada exibição tem mais de 2 mil pessoas. Para a maioria, este é o seu primeiro contato com o cinema. O governo anterior nos deixou o projeto de uma casa de cultura que agora estamos concluindo, com um teatro e uma biblioteca. Quando Zinho estreou no time do Nova Iguaçu o ingresso era um livro e assim conseguimos arrecadar 6 mil livros. Agora quero descobrir como fazer um programa de bibliotecas em escolas. Vocês conhecem o trabalho do Nós do Morro, no Vidigal?

Heloisa - Sim, dali saiu Jonathan Haagensen, Maria Flor, grandes nomes do cinema atual.

Lindbergh - Firmamos um convênio com eles e criamos o Nós da Baixada, com o pessoal de teatro de lá. Só neste ano abrimos oito Nós da Baixada. Tô com medo de parecer aqui que tô levantando muito essa bola, mas isto está ligado ao projeto Escola do Futuro que vai ter impacto no Estado do Rio e repercussão nacional. Vamos começar construindo uma escola e reformando outras duas, com piscina, quadra de esportes decente... piscina no Brasil é coisa de rico.

Ziraldo - Num lugar que não tem praia isso é mais importante ainda.

Lindbergh - Sabe como é dia de domingo em Austin, com 200 mil habitantes?

Heloisa - Vai todo mundo tomar sol na laje! É a cultura da laje.

Lindbergh - Isso mesmo, não é folclore não. Estamos montando também o galpão da qualificação profissional, com cursos de todo tipo, marcenaria, instalação elétrica, uma escola aberta, funcionando sábado e domingo. A escola se transforma num centro de cidadania. Estou misturando Darcy Ribeiro com A Casa do Menor, um projeto da Igreja Católica, do padre Chiera, uma coisa linda. Cesar Maia quer botar pra fora os mendigos que não sejam do Rio de Janeiro. Padre Chiera quer o contrário: buscar jovens em situação de crime pra fazer cultura e se qualificarem profissionalmente. O índice de recuperação dele é de 90%. Ele tem um agência de empregos intermediando mão-de-obra com algumas empresas. Não dá pra fazer educação para jovens na Baixada sem falar em qualificação. O cara vive pressionado pela necessidade de emprego. Vamos implementar isso também em oito escolas da rede normal e até o final do mandato estará em 50 escolas.

Ziraldo - Já trocaram o nome daquela escola?

Lindbergh - A escola chamava-se Garrastazu Médici e agora se chama Douglas Brasil, o menino que assassinaram dentro da escola.

Ziraldo - Mataram um menino chamado Brasil! Vou te levar pra conhecer um projeto em Juiz de Fora onde tiram os meninos da rua pra aprender a plantar jardim. Os meninos ficam doidos! No dia em que a rosa nasce eles caem no choro! Os meninos viram profissionais e Juiz de Fora tá toda jardinada. E onde tem flor ninguém joga lixo.

Heloisa - Já pensou, um projeto pra florir a Baixada?!

Lindbergh - Esse negócio de paisagismo é importante. Nós fizemos um jardim na Via Light, uma rua que fechamos para o lazer aos domingos. Há uma movimentação enorme de eventos ali: o pessoal da Secretaria de Esportes promove atividades, a Skol patrocina um show de chorinho no fim de tarde... Abrimos também, em três escolas, oficinas de bordadeiras.

Ziraldo - As pessoas gostam muito de carinho. Se você acarinhar o povo da Baixada eles vão reagir muito bem.

Lindbergh - E a restauração das igrejas? Temos um patrimônio histórico tremendo. Mas o maior problema em Nova Iguaçu é o de saneamento. Cinqüenta e um por cento do município é um valão a céu aberto. Não existe nenhuma estação de tratamento.

Ziraldo - Os rios Botas e Iguaçu estão cheios de merda?

Lindbergh - E vai tudo pra Baía da Guanabara! Em estado puro... Não tem como fazer nada na Baía da Guanabara sem resolver esse problema da Baixada.

Ziraldo - Na China pegaram a merda e fizeram gás.

Lindbergh - É o que estamos fazendo com o nosso lixo. Mas no saneamento da Baixada temos um problema inicial que é a Cedae. A água que abastece o Rio vem centralmente da Baixada Fluminense. Aqui, ela chega com uma pressão boa. Lá, 15% a 20% dos bairros não têm água. Tá aqui o homem que mais lutou contra a privatização no Brasil, mas em Niterói a empresa de água é privada e pra fazer uso da água essa empresa é obrigada a retribuir com esgoto sanitário. Com isso Niterói tem mais de 90% da cidade com esgoto tratado. A Cedae nem resolve o problema local da água nem retribui com esgoto.

Ziraldo - A Cedae tinha que pagar royalties que nem o petróleo.

Lindbergh - Temos que sair da Cedae. Um amigo meu fica: ''Lindbergh, temos a nossa história, temos que defender essa empresa pública!''. Digo: ''Olha, companheiro, não há nada mais à direita do que valão a céu aberto e as criancinhas todas de barriga inchada de verminose''. Quero dinheiro público, privado, o que seja pra resolver isso! Se eu for pro mercado de capitais consigo no mínimo R$ 600 milhões em quatro anos em investimentos de saneamento em troca das empresas receberem essa mesma água que a Cedae recebe a troco de nada. Isso muda a vida da Baixada!

Ricky - Mas por que vocês não fazem isso?

Lindbergh - Tem uma lei do Marcelo Alencar dizendo que saneamento na região metropolitana é tarefa do Estado. Não tenho nem contrato com a Cedae. Corre no STF uma ação direta de inconstitucionalidade contra essa lei. Se conseguirmos ganhar, a Baixada dá um salto. Estou debatendo isso inclusive com os funcionários da Cedae. Não pode é deixar o povo morrendo aí com valão a céu aberto. O problema maior do Rio hoje não são as favelas, é a região metropolitana que tá desassistida, tá africanizada, por isso é que aumenta a violência. As pessoas não percebem é que os problemas de Nova Iguaçu resultam nos problemas do Rio. São Paulo começou a resolver os problemas de sua região metropolitana há 30 anos. Diadema há 20 anos é Nova Iguaçu hoje.

Zezé - Você falou que está negociando ajuda financeira com entidades estrangeiras. A chacina na cidade atrapalhou isso?

Ana - Pelo contrário, deve ser mais um argumento em favor da necessidade de investimentos na região.

Ricky - O fato de falar tão abertamente sobre essa chacina não criou problemas para você?

Lindbergh - O clima realmente está pesado, falei sobre os grupos de extermínio e isso acabou nos expondo muito. É um defeito de quem foi líder estudantil, é muito jovem, quer fazer tudo certo, às vezes é melhor ir mais devagar. Quando um jornal do Rio começou a publicar nomes dos envolvidos nos grupos de extermínio, alguns deles se sentiram ameaçados, e são pessoas que não têm meios limites. Já entramos acelerados na Prefeitura com a questão da funerária.

Ana - Havia uma funerária particular com o monopólio dos enterros, não era isso?

Lindbergh - Enterro era só com ela. Pra tirar o corpo tinha que pagar R$ 800. Acabamos com isso.

Ana - Na verdade, isso tudo está envolvido: funerária, grupos de extermínio, sucata de automóveis, ferro-velho, tudo tem policiais...

Lindbergh - Fechamos também uma pedreira que havia no meio de uma área ambiental no centro da cidade, uma questão de saúde pública. O único vulcão brasileiro conservado em perfeitas condições está em Nova Iguaçu e estava sendo comido pela pedreira. Os ambientalistas do Rio estão muito fracos, se preocupam com a Lagoa, nem sabem que têm esse vulcão lá.

Ziraldo - Que vai virar agora um centro cultural, com orquestra sinfônica tocando, no centro da cidade, que nem Jaime Lerner fez em Curitiba! Vai ser o mais belo anfiteatro do mundo! Tem uma reverberação fantástica! (percebe seu excesso de elogios e pergunta) Você não quer me contratar como assessor de imprensa? (risos) É que eu me entusiasmo com essas coisas! Imagina se alguém me desse, eu com 34 anos, uma cidade pra eu governar? Eu ia enlouquecer!

Zezé - Ou então enlouquecer os moradores!