Título: 'Não pude falar com a embaixada'
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 21/05/2005, Internacional, p. A7

Ao desembarcar em Madri, para onde foi extraditado pelo governo de Cuba, o deputado alemão Arnold Vaatz afirmou que esteve na ilha de segunda a quinta-feira sem que ocorresse qualquer problema. Na terça-feira, inclusive, compareceu à recepção oferecida pela embaixada norueguesa em Cuba, onde estavam numerosos políticos europeus e opositores cubanos. Na quarta, reuniu-se com representantes das igrejas em um lugar a cerca de 200 km a Oeste de Havana.

- Na quinta-feira, às 17h45, apareceram no quarto do meu hotel um policial uniformizado e outro à paisana, com uma tradutora do próprio hotel. Disseram que se tratava de um controle de identidade - relatou o deputado.

Os policiais pediram o passaporte e a passagem aérea e, segundo Vaatz, ''ficaram com eles sem dar explicação alguma''. O deputado então pediu para falar com o embaixador alemão em Cuba, mas não foi atendido.

- Fiquei retido por mais de uma hora em um carro na garagem do hotel, de onde fui levado diretamente a um avião. Desde o começo da ação até a decolagem, não pude ver nenhum diplomata alemão, o que constitui uma violação flagrante do direito internacional - denunciou.