Título: Drenagem no Lago Sul , só em 2005
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 20/10/2004, Brasília, p. D-4

Mais uma vez, moradores da QI 23 e das QI e QL 28 enfrentaram problemas provocados pela chuva

Ainda não vai ser este ano que os moradores de quadras do Lago Sul que são inundadas durante as chuvas terão suas casas finalmente livres das enxurradas. Segundo a Secretaria de Obras do DF, o dinheiro reservado pelo governo local para obras de drenagem pluvial na área é pouco. Nem quadras mais críticas, como a QI 23 e as QI e QL 28, serão atendidas. Mesmo que a Secretaria receba R$ 90 milhões de convênio firmado com a Caixa Econômica R$ 90 milhões, não há previsão para as obras nessas áreas do Lago Sul. O secretário Rôney Nemer testemunhou a gravidade do problema enfrentado pelos moradores daquela região do Lago Sul, relacionada, junto com outras, como prioridade pela Administração Regional para implantação de rede pluvial. Ele disse que dispõe de R$ 1,6 milhão para obras de drenagem.

- Esse recurso será gasto em drenagem pluvial ali ainda este ano. O dinheiro do convênio com a Caixa não pode ser empregado no bairro, mesmo que saia até o final do ano, porque é reservado para regiões mais pobres - disse o secretário.

A administradora Natanry Osório confirma ter apontado as prioridades. E afirma que as obras estão todas orçadas, mas que não serão resolvidas este ano ainda.

- Apontei todas essas áreas que ficam até um metro embaixo d'água, como as QI e QL 28 e a QI 23, como prioridades. Só para as duas primeiras, seriam precisos R$ 17 milhões. Esse R$ 1,6 milhão dá para o início das obras. Mas a promessa que temos do governador é de que o problema, para todo o bairro, não passará de 2005 - comenta.

Os moradores, no entanto, não se contentam com as promessas. Percebem o esforço da administração, mas acreditam que o GDF está protelando a solução definitiva.

- Sabemos que a administração não pode fazer nada. Mas o GDF vem enrolando a gente faz quatro anos. É muito tempo. Adiamos faz tempo ingressar com ação na Justiça, mas agora chega. Acho que essa é a solução. Vou propor isso aos vizinhos - protesta Maria Carmem Soares, empresária, moradora da QI 28.