Título: Uma micro reserva no Lago Norte
Autor: Adriana Bernardes
Fonte: Jornal do Brasil, 04/06/2005, Brasília, p. D8

Há 24 anos, quando começou a construir a casa no Lago Norte, o dentista Mauro Figueiredo se deparou com um problema. A água começou a brotar do solo em dois pontos. A solução encontrada por ele foi fazer o encanamento até uma mina um pouco maior há poucos metros da construção. Hoje quando lembra da dor de cabeça naquela época, fica aliviado por não ter aterrado o local. Mas ainda faltava alguma coisa. Foi então que pediu ajuda a secretaria de Meio Ambiente e aderiu ao programa Adote uma Mina. Em nove meses, mudou completamente o quintal de casa. Ele conta que na primeira visita os técnicos o orientaram sobre como preservar o local. - Para começar tive que arrancar um bambuzal que roubava a água da mina. Depois gastei uns R$ 300 em mudas de plantas adequadas para a nascente e o resultado é esse aí. Depois que fiz isso, apareceu outra mina onde antes tinha o bambuzal - conta Figueiredo.

Para o dentista, o prazer de ter a natureza preservada é muito maior que o trabalho que teve. Se antes tinham duas minas no quintal, agora são três. A última apareceu depois que ele retirou os pés de bambus.

- Se cada pessoa fizesse a sua parte, a vida de todos nós seria muito melhor. O clima, a qualidade do ar, da água seriam bem diferentes. Eu recomendo que toda pessoa faça o mesmo - sugere.

Enquanto isso, os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos trabalham em outra frente: a da fiscalização. Em 2004, foram realizados 198 relatórios de vistoria e vigilância ambiental. De todas as denúncias e reclamações que receberam, 137 foram comprovadas e viraram processos administrativos e outras levadas ao Ministério Público.