Título: Processo eleitoral é alvo de críticas A atual administração da universidade vem recebendo críticas com relação as regras da eleição. A Associação do
Autor: Soraia Costa
Fonte: Jornal do Brasil, 05/06/2005, Brasília, p. D5

A atual administração da universidade vem recebendo críticas com relação as regras da eleição. A Associação dos Docentes da UnB (Adunb) afirma que houve arbitrariedade na reunião do Conselho Universitário (Consuni) ocorrida no dia 15 de abril, que manteve as mesmas regras da última eleição. Na reunião houve protestos e vários conselheiros disseram ter sido impedidos de votar. Entre os pontos mais polêmicos estavam o voto paritário e a possibilidade de haver segundo turno. Atualmente, as eleições são decididas de forma proporcional, pela qual os professores têm direito a 70% dos votos, enquanto os funcionários e estudantes contam com 15% cada. Caso o voto paritário estivesse valendo, o voto das três categorias teria o mesmo peso nas urnas.

Quanto a esta isto, não há consenso em nenhuma das chapas, mas todos os candidatos reconhecem a necessidade de se discutir melhor e com antecedência a questão. Outro ponto levantado durante o curto processo eleitoral, cuja duração é de apenas um mês, diz respeito à transparência das relações entre o Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe) e a UnB. Embora os três candidatos reconheçam a importância do órgão e a competência de seus profissionais, apenas o vice-reitor afirmou não haver problemas com relação à transparência e à fiscalização da instituição.

- Não falta transparência, todos os recursos são fiscalizados - garantiu Timothy, acrescentando que o único problema é a falta de divulgação destas informações para a sociedade.

Do orçamento anual de R$ 400 milhões da UnB, o Cespe é responsável por gerenciar R$ 83 milhões. Segundo Timothy, estes dados estão no relatório anual das universidades públicas. Luiz Gonzaga, no entanto, acredita que há um excesso de autonomia no Cespe e afirma ser necessária uma abertura da administração, sem que isto comprometa o sigilo dos trabalhos.

- O Cespe tem que prestar contas à universidade e ser mais transparente em sua administração - defende Luiz Gonzaga.