Título: Assessoria diz que fitas foram manipuladas
Autor: Mariana Santos
Fonte: Jornal do Brasil, 10/06/2005, Brasília, p. D1

Procurada pelo JB, a assessoria da deputada Eurides Brito nega todas as acusações e desqualifica as fitas apresentadas pelo ex-tesoureiro de campanha, Manoel Carneiro. Sobre as gravações feitas por Antônio Ferreira César, ex-presidente da CPL, a assessoria afirma que as fitas foram ''montadas e editadas em computador'', sem reconhecer a perícia feita pela Unicamp. E, como já havia feito na sexta-feira passada, acusa o ex-funcionário de tentar chantagear a distrital. Em um documento que teria sido apresentado pelo próprio Antônio ao subchefe de gabinete de Eurides, o ex-servidor pede R$ 220 mil para não apresentar o conteúdo das fita à CPI. Ele também teria exigido o pagamento de US$ 5 mil referente a suposto empréstimo feito durante a campanha de 1998 e a sua liberação para a Câmara Legislativa, onde serviria no gabinete do presidente Fábio Barcellos (PFL). Segundo a assessoria de Eurides Brito, ela está viajando para São Paulo, e deve voltar apenas no fim de semana. A viagem seria para participar de um casamento.

A consultora jurídica do GDF, Maristela Neves, citada nas gravações, foi procurada pelo JB mas não foi encontrada. De acordo com a assessoria da Secretaria de Educação, que na semana passada enviou nota à imprensa sobre os primeiros trechos divulgados, ela também está viajando. Na nota, ela afirma que foi ''objeto de chantagem''.

- Entreguei aos membros da CPI da Educação que estiveram em meu gabinete hoje [sexta-feira passada]parte da degravação que fiz do CD que ele havia enviado para chantagear-me. Como não aceitei a chantagem, ele foi à CPI fazendo toda uma encenação teatral para me prejudicar.