Título: Câmara aprova mais R$ 150 milhões para o GDF
Autor: Mariana Santos
Fonte: Jornal do Brasil, 21/10/2004, Brasília, p. D-4

Suplementação é decorrente de um excesso de arrecadação de janeiro a agosto

Mais de R$ 150 milhões em crédito suplementar ao orçamento do GDF foram aprovados ontem, em segundo turno, pela Câmara Legislativa. Segundo a mensagem enviada pelo governador Joaquim Roriz, a maior parcela será usada para cobrir gastos com a folha de pagamentos, que atingirão o total de R$ 2,3 bilhões. A principal parcela, de R$ 42,1 milhões, vai para a Secretaria de Fazenda - segundo o GDF, uma das que agregam o maior número de funcionários pagos com recursos da arrecadação própria. Como tramita em regime de urgência, o projeto entrou na pauta e foi liberado pela Casa em apenas dois dias. Os parlamentares também aprovaram ontem o projeto de lei que extingue a incorporação das gratificações dos militares que trabalham nos gabinetes do Executivo (governadoria e vice-governadoria) a seus salários. A incorporações para os civis caiu em 1996.

Bate-boca -A votação mais polêmica da Casa, porém, foi a manutenção do veto ao projeto de lei do deputado Augusto Carvalho (PPS) que criaria um cadastro central informatizado para passe estudantil. A medida, segundo o deputado, evitaria transtornos aos estudantes, pois os passes seriam debitados em um cartão eletrônico, válido por um ano.

No entanto, seguindo orientação da bancada governistas, o veto foi mantido. Em menos de 15 minutos, o plenário ficou vazio. Por falta de quorum, encerraram-se as votações.

- Aconteceu uma revoada? - questionava o deputado Chico Vigilante (PT), ressaltando que era ''plena quarta-feira, as repartições em pleno funcionamento''. Em vão, tentava explicar que o partido não estava em obstrução apesar de quatro dos seis da bancada estarem ausentes.

- Estão fazendo o que o PT vem ensinando há décadas - replicava Peniel Pacheco (PSB).

Aos poucos, alguns distritais foram voltando ao plenário. Não para votar, mas para engrossar o coro dos 11 presentes inicialmente sobre a ''falta de compromisso'' com a Casa. As votações duraram apenas meia hora.